domingo, 2 de março de 2014

Galo de Manaus 2014 arrasta 80 mil foliões ao ritmo de frevo e marchinhas


Inspirada no carnaval pernambucano, banda teve tema Copa do Mundo.
Segundo organizador, evento deve ter 'continuações' durante Mundial.

Camila Henriques Do G1 AM

Milhares de foliões animaram a Banda do Galo de Manaus 2014 (Foto: Camila Henriques/G1 AM)Milhares de foliões animaram a Banda do Galo de Manaus 2014 (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
Cerca de 80 mil foliões se esbaldaram ao som de frevo e marchinhas de carnaval na 11ª edição do bloco Galo de Manaus, realizada neste sábado (1º) na Avenida das Torres, na Zona Norte da capital amazonense. A festa teve como tema a Copa do Mundo e, para os organizadores, serviu como um 'esquenta' para o evento esportivo, marcado para o próximo mês de junho. Veja galeria de fotos da festa.
Segundo o organizador do Galo, Théo Alves, o diferencial desta edição é justamente a temática voltada para a participação do Brasil no mundial de futebol. "Temos a camisa verde e amarela, que vai ser usada na nossa torcida organizada [da seleção brasileira]. Na Copa, vamos realizar festas como essa toda vez que o Brasil jogar", disse.
Designer vai a blocos carnavalescos vestido como bebê (Foto: Camila Henriques/G1 AM)Designer vai a blocos carnavalescos vestido como
bebê (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
Como todo bloco carnavalesco, o Galo é um convite à irreverência. Pelo menos é a opinião do designer Djalma Augusto, 35. Há 17 anos, ele vai a todas as bandas e festas da época vestido como um bebê. "Um amigo meu colocou uma fralda em mim quando completei a maioridade e, desde então, fiz dessa fantasia a minha marca no carnaval. É uma maneira de me destacar", contou Djalma, que nesta época do ano é conhecido como 'bebêzão'.
Na ala mais jovem, crianças como o pequeno Gustavo, de oito anos, também aproveitaram a festa. "Ele veio para me vigiar", brincou a mãe, a administradora Grecy Gomes, de 30 anos. "Nunca tínhamos vindo com ele para o Galo, só para a [banda da] Bica. Não vamos ficar muito tempo, por conta do trânsito, mas a festa está maravilhosa", afirmou.
Vinda do Rio Grande do Sul, a bióloga Caroline Maltaner, 25, também 'estreou' no Galo este ano. Apesar da diferença com as festas carnavalescas de sua terra natal, ela aprovou a experiência no bloco amazonense. "[No RS] Temos mais carnaval de clube, uma coisa mais tradicional. Essa festa aqui é bem mais divertida. Achei bastante organizada também", elogiou.
'Mesmo conduzindo o trio, tenho espaço para dançar', garantiu auxiliar de cozinha George Albert (Foto: Camila Henriques/G1 AM)'Mesmo conduzindo o trio, tenho espaço para dançar', garantiu auxiliar de cozinha George Albert (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
Trabalho e diversão
A animação do Galo não se resumiu aos foliões. O auxiliar de cozinha George Albert, de 33 anos, aproveitou a festa para conseguir um emprego extra como puxador de um dos trios elétricos. "Estou unindo o útil ao agradável. Mesmo conduzindo o trio, tenho espaço para dançar. É a primeira vez que faço este trabalho e não me arrependo de estar aqui. Estou me divertindo tanto quanto quem está na 'muvuca'", garantiu.
Universitária aproveitou Banda do Galo para conseguir dinheiro para viagem (Foto: Camila Henriques/G1 AM)Universitária aproveitou Banda do Galo para conseguir dinheiro para viagem (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
A oportunidade de obter um dinheiro extra também foi aproveitada pela universitária Priscila Barbosa, de 20 anos. No Galo, ela se dividia entre o frevo entoado pelo Cauxi Eletrizado e a venda de chapéus festivos aos foliões. "Estou tentando conseguir pelo menos R$ 500 para uma viagem que vou fazer em setembro. Na Copa, já estou planejando fazer a mesma coisa. Vendo até vuvuzela na rua se for preciso!", brincou a universitária.

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