domingo, 30 de março de 2014

Bebê aguarda por cirurgia de hérnia há 6 meses na rede pública do DF


Médico do HMIB entrou de férias e disse para mãe aguardar até fim de abril.
Bebê está na fila de espera de cirurgia, que não é emergencial, diz Saúde.

Do G1 DF
Um bebê de um ano aguarda há seis meses por uma cirurgia de hérnia inguinal no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Segundo a mãe da criança, Whêda Gonçalves, o filho sente muita dor na virilha e sofre diariamente com a doença. A cirurgia já foi remarcada diversas vezes. Da última vez, o médico responsável pelo procedimento afirmou que ela teria de esperar até 28 de abril porque ele entraria de férias.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Saúde informou que o bebê está inscrito na fila de espera para a cirurgia desde setembro de 2013 e que o procedimento está agendado para o dia 28 de abril. A pasta disse ainda que a criança tem recebido todo o atendimento necessário para o seu quadro clínico e para a cirurgia.
A pediatra que atendeu meu filho disse que o caso dele é pior, porque tem criança que tem o problema e não dói. Já meu filho sofre, chora muito de dor. Ele precisa da cirurgia com urgência, ele já está sofrendo"
Whêda Gonçalves, mãe de bebê
Sobre a demora da operação, a secretaria afirmou que todas as cirurgias que não são emergenciais são marcadas de acordo com a classificação de risco, e que pacientes com urgência têm prioridade no atendimento.
Não bastasse a preocupação em cuidar do filho, Whêda diz que quando a hérnia aparece, o desespero da criança é tão grande que muitos vizinhos chegam a pensar que ele está apanhando dos pais.
"O médico disse que é apenas um desconforto, e que dá para ele aguentar. Mas ver o sofrimento dele não é nada fácil", afirma. "A pediatra que atendeu meu filho disse que o caso dele é pior, porque tem criança que tem o problema e não dói. Já meu filho sofre, chora muito de dor. Ele precisa da cirurgia com urgência, ele já está sofrendo."
"Outro dia, o porteiro me procurou e disse que uma vizinha ameaçou ligar para o conselho tutelar", lembra. "Agora, o que eu posso fazer? Eu sofro junto com ele, me dói muito não poder fazer nada."

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