A proeminência da Ásia Central face à
(re)emergência da China
Várias
correntes geopolíticas destacam a proeminência da Ásia Central no quadro da
geoestratégia e economia mundiais. Autores, como H. Mackinder (2004) ou Z.
Brzezinski (1998), salientaram a importância do ‘Heartland’ (Balcãs
Euroasiáticos), enquanto ‘eixo do mundo’ e espaço geopolítico que confere poder
e influência à potência que dele se apropriar.
Nos últimos anos, principalmente devido às
descobertas de importantes reservas energéticas na região e aos desenvolvimentos
ligados à segurança mundial e regional, várias correntes de pensamento, têm
reforçado os pressupostos de Mackinder e Brzezinski (Chow, 2010). O próprio
debate acerca do conceito de segurança, que emergiu no pós-Guerra Fria veio
conferir outras dimensões – ultrapassando a visão estato-cêntrica e anárquica do
sistema internacional (defendida por autores como Morgenthau (1978) – à ideia de
segurança. Efetivamente, a corrente realista, para a qual a segurança aparecia
inseparavelmente ligada à posse e uso das capacidades militares, poder e
interesses dos atores estatais, cede progressivamente (Keohane, 2000). Os
estudos sobre a segurança, nos anos 90, vieram convertê-la num conceito global
(Rodrigues, 2006). Barry Buzan destacou-se nessa corrente que reivindicava uma
dimensão mais ampla para o conceito de segurança. Este seria composto,
doravante, por uma vertente militar, política, económica (compreendendo a
segurança energética) e ambiental (Buzan, 1991). Estava aberto o caminho à
securitização do fenómeno energético. Para especialistas como Daniel Yergin
(2001) falar em segurança energética pressupunha assegurar uma oferta de energia
estável, a preços razoáveis. Outras definições do conceito seriam elaboradas
posteriormente, refletindo quer a evolução das várias correntes teóricas, quer
os interesses de produtores e consumidores energéticos (Fuerth, 2003). Apesar
das múltiplas interpretações do conceito por parte das diferentes correntes
teóricas, todas elas convergem quanto ao pressuposto fundamental de que um país
deve ter acesso aos seus recursos energéticos de forma permanente, correndo um
risco mínimo de que estes se esgotem (Worley, 2006). Ora, ao percorrermos a literatura existente verificamos
que a Ásia Central constitui uma alternativa importante na diversificação
energética norte-americana (Downs, 2007; Ebel, 2009; Lieberthal, 2009; Blank,
2011; Jaffe e Olcott, 2010), europeia (Peyrouse e Laruelle, 2009; Swanström,
2011; Meidan, 2008; Cornell,
2011), ou chinesa (Xing, 2012; Zhang,
2010; Daojiong, 2009; Hu e Cheng (2011). Em Portugal, o lugar da Ásia Central no
debate energético começa a conquistar uma certa atenção, como comprovam os
estudos de Guedes (2012), Freire (2010), Félix e Rodrigues
(2012).
Vários autores argumentam que a riqueza energética
da Ásia Central transformou a região numa encruzilhada de tensão entre Estados,
de competição entre empresas e atores regionais (Edwards, 2003; Luft e Korin,
2011).
Consequentemente, as grandes potências e multinacionais querem
estar presentes nesta corrida à energia (Shuja, 2006). O acesso às reservas
petrolíferas, a rota dos oleodutos e o debate sobre quem deve construí-los
inserem-se nas premissas daquilo a que alguns especialistas chamam ‘Novo Grande
Jogo’ (Maley, 1998), ou, antes, o ‘regresso do Grande Jogo’ (Freire, 2010). Este
comporta também uma lógica de defesa e segurança militar, e não apenas de
competição energética, reforçando o interesse da Ásia Central para as potências
regionais e extra-regionais previamente referidas (Kellner,
2002).
Num contexto de expansão da economia chinesa e de
busca de novos mercados a nível internacional, a China é uma potência assídua no
Novo Grande Jogo centro-asiático (Huasheng Zhao, 2009; Kenny, 2004; Xu Xiaojie,
1999). São extensas as referências
literárias à emergência da China enquanto importante ator mundial (Leão
et al, 2011; Cunha e Acioly, 2009; Shambaugh, 2013; Wolf, 2009; Jacques,
2012). Este ‘renascer’ da grande
potência milenar, profetizado há já cerca de dois séculos por Napoleão Bonaparte e revisitado, por exemplo, por
Alain Peyrefitte1 em 1973, ou
reiterado recentemente, entre outros, por Luís Cunha, doutorado pelo Instituto
Superior de Ciências Sociais e Políticas, que publicou, em 2012, “A Hora do Dragão”, contempla várias esferas. A esfera económica é,
talvez, do ponto de vista mediático (o chamado ‘milagre económico chinês’), a
mais disseminada e visível, como notam, por exemplo Marques (2009), McNally (2012), Morrison (2013), World Economic
Forum (2008). Contudo, o soft power e o hard power ocupam, igualmente, um lugar de destaque no âmbito
da ascensão regional e mundial do Império do Meio (Chin-Hao Huang, January 2013; Li Mingjiang, 2008;
Holyk, 2011; Sutter, 2013; Cordesman et al, 2013; Page, 2013; Blasko,
2012; O'Rourke, 2013). Não se pretende entrar aqui no debate complexo
sobre se a emergência chinesa é pacífica e/ou problemática para o Ocidente -
como discutem, por exemplo, Duarte (2009), Courmont (2007) ou de Heusch, 2007 - ou se a China é um poder do status quo vs revisionista como debatem Christensen (1996), Shambaugh (2000), Feng Huiyun
(2009), Carpenter (2013), Kastner e Saunders (2011), ou, ainda, se ela tenderá a destronar a
superpotência mundial, como especulam outros (Beckley, 2011; Subramanian, 2011; Rachman, 2011; Layne, 2009;
Pape, 2009; Nye, 2011; Drezner, 2011; Edelman, 2010; Joffe, 2009). Dada a
amplitude e complexidade das temáticas acima, cujo objeto de estudo daria, por
si só, lugar a outra tese, foquemos, portanto, a nossa atenção no que à Ásia
Central concerne.
Enquanto a China tem vindo a evocar os feitos
gloriosos de Zheng He para sustentar a projeção do seu poder marítimo, já no que
respeita à projeção do poder terrestre, Pequim parece guiar-se por uma
‘strategic frontier doctrine’ (Lin, 2011). 2 De acordo com Masako Ikegami, da Universidade de
Estocolmo, a China não comunga do conceito ocidental vestefaliano de
Estado-nação com fronteiras fixas. Ao invés, Pequim parece mais interessado na
ideia de “fronteira estratégica”, inerente ao cenário geopolítico, cujas
fronteiras territoriais flexíveis se expandem ou contraem “de acordo com a
projeção de poder de uma nação” (Ikegami, 2011: 93). Como tal, trata-se de um
conceito expansionista de soberania. Em outubro de 2010, o Primeiro Ministro
japonês, Shinzo Abe, referiu, num discurso, que a China procura Lebensraum,
por meio de uma crescente assertividade sobre territórios disputados
(Agence France Presse, 2010). Abe observou que “esta ideia
bastante perigosa postula que as fronteiras e as zonas económicas exclusivas são
determinadas pelo poder nacional, e que enquanto a economia da China continuar a
crescer, a sua esfera de influência continuará, também ela, a expandir-se” (Lin,
2011: 14).3 Não obstante, para
autores como António de Sousa Lara (2010), “a China nunca manifestou uma
apetência transcontinental”: aquilo que a China possui como “vocação tutelar”
[aqui o autor utiliza um conceito geopolítico que lhe é muito caro, da escola
alemã, o espaço
vital, ou então, a pan-região] é, digamos, a sua própria
periferia”.4 Para A. Sousa Lara
(2010), “os chineses consideram-se o tal Império do Meio; há um perímetro à sua
volta que eles acreditam ser crucial, tutelar em termos de intervenção externa
ativa, muito embora tenham tido um respeito, mesmo no auge do Maoísmo, que os
norte-americanos nunca tiveram pelo seu próprio espaço vital”. Portanto, ainda segundo o
autor, tudo isto são “prenúncios, continuidades históricas, que não auguram que
eles [os chineses] se queiram transformar numa potência hegemónica
internacional, em termos globais” (Lara, 2010).
A Ásia Central assume uma importância crescente
para a China, por diversas razões, que procuraremos explorar ao longo da
presente análise. Vale a pena mencionar uma, por ser, quiçá, menos evidente, mas
que é salientada por Armando M. Guedes em The Fractured Ocean Current:
Challenges to Maritime Policy in the Wider Atlantic (2012).5 Este
autor estima que “uma crise que leve ao encerramento, ainda que provisório, do
Canal de Suez, provocaria um aumento do tráfego marítimo ao longo da rota do
Cabo da Boa Esperança” (Guedes, 2012: 49).6 Se a este potencial cenário juntarmos as
limitações inerentes às dimensões dos navios - cada vez maiores em tamanho e
quantidade - que podem atravessar o Canal do Suez, então é compreensível que as
rotas marítimas do Atlântico venham a assumir uma importância crescente (Guedes,
2012). Mas também a Ásia Central, que pode ser mais bem aproveitada enquanto
fonte de aprovisionamento energético. Embora esta região interior (já) possua oleodutos e gasodutos capazes de
escoar os seus recursos energéticos para os mercados mundiais, haverá,
naturalmente, uma tendência crescente para reforçar os já existentes, bem como
para construir novas infraestruturas energéticas, suscetíveis de proporcionar
uma alternativa face à incerteza de uma eventual crise no Suez, ou de saturação
do Canal do Panamá (Guedes, 2012). O controlo dessas rotas e o planeamento de
novos traçados energéticos, bem como a tentativa de acesso direto aos recursos
energéticos na Ásia Central tem vindo a ser associada (analisaremos se de forma
abusiva e/ou incorreta) à ideia de um ‘Novo Grande Jogo’, por analogia ao
‘Grande Jogo’ do século XIX entre os impérios russo e britânico (Rashid, 1994; Menon, 2003; Kempe,
2006). Estas considerações de caráter
geopolítico e geoeconómico ganham especial destaque se tivermos em conta, como
nota Mehmet Öğütçü que “ao longo dos
últimos 20 anos, temos passado por uma série de mudanças fundamentais em
praticamente todos os domínios das nossas vidas, seja a nível económico,
geopolítico, securitário, tecnológico…” (Todays Zaman, 2013: para.1). Ainda de acordo com M. Öğütçü, “a
transferência de poder do Ocidente para o Oriente (…) tem vindo a ganhar força
rapidamente”, o que implica que “não só o jogo, em si, mas também os atores e as
regras desse jogo têm vindo a mudar” (Todays Zaman, 2013: para.2). Se, por um lado, os países ricos em
recursos energéticos “têm conquistado terreno no novo jogo energético”, já os
países importadores de energia, têm, por sua vez, vindo a recorrer ao chamado
“patriotismo económico” com o objetivo de proteger “os seus setores
estratégicos” (Todays Zaman, 2013:
para.6).
Paulo Duarte é doutorando em
Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa – ISCSP-UTL, Portugal, e
investigador no Instituto do Oriente (duartebrardo@gmail.com
).
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1 Em 1973, Alain
Peyrefitte publicou uma obra intitulada “Quand la Chine s'eveillera, le monde
tremblera”.
2 Para conhecer a biografia de Zheng He, grande explorador chinês,
consultar, por exemplo,
http://www.chinaculture.org/gb/en_aboutchina/2003-09/24/content_22644.htm
3 A esse respeito, e a título complementar, recomenda-se a
leitura de um artigo da autoria de
Andrew F. Krepinevich,
intitulado “China’s ‘Finlandization’
Strategy in the Pacific”, The Wall Street Journal, September 11,
2010.
4 Lebenstraum, ou espaço vital, era um postulado-chave na filosofia de
Adolf Hitler, que acreditava que a Alemanha precisava de espaço, para se poder
expandir. Para mais detalhes, consultar Lara, António, A Subversão do Estado, Universidade
Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Lisboa,
1987, pp. 356-365.
5 Em
The Fractured Ocean: Current Challenges to Maritime
Policy in the Wider Atlantic (2012), Armando
Marques Guedes sublinha a existência de desafios à segurança marítima
suscetíveis de afetar os interesses do Mediterrâneo, bem como do Atlântico Norte
e Sul.
6 Como, aliás, já sucedeu
aquando da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e da Guerra do Yom Kippur, em 1973
(Guedes, 2012: 49).
Paulo Duarte é doutorando em Relações Internacionais no
Instituto
Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de
Lisboa – ISCSP-UTL, Portugal, e investigador no Instituto do Oriente
(duartebrardo@gmail.com
).
http://sociedademilitar.om.br
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