Revista
Inglesa “The Economist” critica duramente Nicolás Maduro. What´s gone wrong
with democracy - Movimentação nas redes sociais volta a
crescer.
Há alguns dias o
secretario de estado norte-americano criticou Nicolás Maduro, ontem dois
senadores americanos apresentaram ao senado dos EUA propostas de sanções à
Venezuela e o representante peruano na OEA deu declarações aconselhando Maduro a
recuar em relação à repressão violenta que tem imposto aos manifestantes. Esses
são claros sinais de que, depois da deposição do líder na Ucrânia, as atenções
podem se voltar para a questão Venezuelana.
No início da semana a
oposição parecia ter recuado um pouco, a repressão do final de semana foi muito
grande. Porém, na quinta-feira (26/02) percebeu-se que chega um novo fôlego aos
manifestantes, talvez as boas notícias que chegam do exterior tenham alimentado
a chama da liberdade. A interação nas redes sociais voltou a subir (veja o
gráfico sobre a hashtag #sosvenezuela).
Sem apoio da
comunidade internacional, no mundo globalizado que hoje vivemos, é praticamente
impossível para qualquer força de oposição lograr êxito contra um governo como o
da Venezuela. E é trabalhando nisso que grande parte dos estudantes Venezuelanos
- quando não estão nas ruas - passa o tempo. Entre outras ações virtuais, eles
criam abaixo-assinados no site da Casa Branca dos EUA e inserem comentários em
grandes jornais de todo o planeta, tentando atrair a atenção do mundo para as
atrocidades cometidas em seu país. Pessoas de todo o mundo têm contribuido na
divulgação de suas mensagens, principalmente no twitter.
Hoje pela manhã a
maior revista europeia sobre política e economia, The economist, atendeu ao chamado dos
venezuelanos. A chamada de capa é: What´s gone wrong with
democracy. (O que ha de errado com a democracia?)
Na edição a editoria
fez duras críticas à maneira como Maduro conduz a crise em seu país. Segundo a
revista o caminho autoritário que o presidente tem escolhido não poderá salvar o
seu governo.
Segundo
The
Economist a Venezuela vive dias
difíceis, sob o jugo de um governo que combina um mandato democrático com
banditismo, e tem uma oposição que é reprimida violentamente, e que por isso
está cada vez mais radicalizada. Embora alguns tentem traçar paralelos entre
Ucrânia e Venezuela a revista tenta afastar isso dizendo: Os paralelos entre
Venezuela e Ucrânia não são exatos: as fraturas na Venezuela são amplamente
baseadas em divisão de classes, na Ucrânia, em parte, se deve à geografia e
história. Mas as duas crises são similares em uma espiral de protesto e
respostas violentas por parte do governo.
Anos de má gestão da
economia rica em petróleo, primeiro por Hugo Chávez e, ultimamente, por Nicolás
Maduro, seu sucessor, levaram o país ao limite. A Venezuela está sentada sobre
as maiores reservas de petróleo do mundo, mas com sua politica e economia
extremamente desorganizadas assustam o investimento externo necessário para
explorá-los. Grande parte de sua receita de petróleo tem sido sugada pela
corrupção, ou desviada para programas assistencialistas eleitoreiros e
insustentáveis. E, como se não bastasse isso, aliados externos do governo são
subsidiados, especialmente Cuba. O setor privado é tratado como se fosse uma
força hostil. Bens básicos, como óleo de cozinha e papel higiênico, são
escassos.
Ontem (27/02) a revista
inglesa publicou um artigo com o seguinte título: How the West can
help (Como o Ocidente pode ajudar?). O artigo é praticamente uma
chamada para que a população da Europa se engaje na questão ucraniana. O
subtítulo dizia: A turbulência na Ukrania é uma chance para o Ocidente mostrar
que ainda é uma força para o bem. (The turmoil in Ukraine is a chance for the West to
prove that it is still a force for good)
Fica aqui
então a pergunta: "A turbulência na VENEZUELA é uma chance para o Brasil
mostrar que é uma força para o Bem?" Achamos realmente que sim. Façamos
então a nossa parte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário