“É grande, é pesado e lento” como um elefante branco, diz sindicalista.
Só funcionam serviços como plantão, custódia e oitiva de preso.
Policiais federais utilizam 'elefante branco' de 3 mestros de altura em manifestação (Foto: Catarina Costa/G1)
Policiais federais do Piauí paralisaram às 8h da manhã desta
terça-feira (25) as atividades do órgão, que só volta a funcionar
plenamente na quinta-feira (27). Eles reivindicam mudanças nos processos
de investigações criminais e o fim do inquérito policial. Para
simbolizar a reivindicação, eles encheram um balão inflável no formato
de um elefante branco, de quase 3 metros de altura na frente da sede da
Polícia Federal (PF) do Piauí.A manifestação acontece nas polícias federais de todo o Brasil e com a paralisação, só funcionam na PF-PI serviços básicos como “plantão, custódia e oitiva de preso, caso seja necessário”, informa o sindicato dos policiais.
“É como quando há obras grandiosas que não servem pra nada, inacabadas, no Brasil. O inquérito policial é grande, é pesado e lento”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Piauí (SSDPFPI), Luiz Alberto José da Silva.
A ideia de por fim ao inquérito policial é integrar desde o primeiro momento todos os agentes envolvidos como Ministério Público e juízes, economizando fases processuais, como interrogatórios e audiências com testemunhas, diz o sindicalista.
Hoje, os inquéritos são demorados porque a polícia fica 30 dias debruçada sobre um caso, tempo que pode ser prorrogado. Além disso, o Ministério Público pode pedir novas diligências e aí o processo se arrasta mais ainda, como no caso do assassinato da estudante Fernanda Lages aqui no Piauí, diz Luiz Alberto, que revela ainda que cerca de 96% do inquéritos ficam emperrados, sem solução.
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