Pizzolato é o único dos 25 condenados do mensalão considerado foragido.
Ele pegou 12 anos e 7 meses de prisão por peculato e outros crimes.
Pizzolato foi incluído na lista de procurados da
Interpol em novembro de 2013
(Foto: Reprodução Globo News)
A Polícia Federal informou nesta terça-feira (5) que Henrique
Pizzolato, condenado foragido no processo do mensalão, foi preso na
Itália. De acordo com a PF, a operação foi em conjunto com a polícia
italiana.Interpol em novembro de 2013
(Foto: Reprodução Globo News)
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
(Observação: esta reportagem foi publicada com informações preliminares confirmadas pela Polícia Federal e está sendo atualizada neste mesmo link.)
A Interpol (polícia internacional) incluiu o nome e a foto do ex-diretor do Banco do Brasil na lista de procurados internacionais, chamada de difusão vermelha.
Em dezembro, o o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a PF estava empenhada em localizar Pizzolato, mas que nada poderia ter sido feito para evitar a fuga. “Qualquer medida restritiva só poderia ter ocorrido por ordem judicial. Há todo o empenho para localizar o senhor Henrique Pizzolato”, disse.
Cardozo e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, foram convidados a prestar esclarecimentos sobre a fuga de Pizzolato em audiência conjunta nas comissões de Segurança Pública e de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
De acordo com o ministro, depois que o condenado for localizado pela PF, o Supremo Tribunal Federal poderá pedir sua extradição à Itália, se ele estiver no país europeu.
Se o governo italiano negar, o Brasil poderá enviar dados do processo do mensalão para que Pizzolato passe por novo julgamento na Itália.
Mensalão
O STF entendeu em agosto de 2012, ao condenar 25 dos 38 réus do processo do mensalão, que existiu um esquema de compra de votos no Congresso Nacional durante os primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que houve desvio de dinheiro público, de contratos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil, para abastecer o esquema criminoso.
Um réu teve o processo remetido à primeira instância e 12 foram inocentados. Após a prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) nesta terça-feira (4), o presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, ainda precisa definir a situação do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), único que continua em liberdade entre os condenados do processo do mensalão que já poderiam estar presos.
Jefferson espera decisão sobre pedido de prisão domiciliar, 18 condenados estão em presídios de vários estados, três cumprem pena alternativa e dois foram autorizados pelo plenário do Supremo a aguardar julgamento de recurso em liberdade (João Cláudio Genu e Breno Fischberg).
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