domingo, 2 de fevereiro de 2014

Jurerê é um dos maiores consumidores de champanhe da América Latina, aponta grupo de luxo LVMH


Clientes de beach clubs estão dispostos a pagar mais de R$ 6 mil por uma garrafa da bebida

Jurerê é um dos maiores consumidores de champanhe da América Latina, aponta grupo de luxo LVMH Cristiano Estrela/Agencia RBS
"Ficar em Jurerê Internacional é sinônimo de abrir espumante na areia", diz empresário do beach club Taikô. Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
A praia que já foi notícia por servir espumante na beira do mar, em um carrinho, agora desponta como a maior consumidora de champanhe, o legítimo, vindo da França. Em Jurerê, clientes de beach clubs estão dispostos a pagar mais de R$ 6 mil por uma garrafa da bebida.

Antes associadas a pratos refinados, o champanhe é agora escolhido pelos clientes que vão às casas noturnas da região e o resultado é um consumo que torna Jurerê como um dos locais em que mais se consome a bebida na América Latina - palavras do presidente do grupo de luxo LVMH, detentor de marcas como Moët & Chandon e Dom Pérignon.

— Ficar em Jurerê Internacional é sinônimo de abrir espumante na areia. Nada se traduz melhor em consumo de classe A do que a borbulha - diz Leandro Adegas, dono do beach club Taikô.

Entre 2009 e 2011, o espaço em Jurerê Internacional foi considerado pelo grupo LVMH o maior vendedor brasileiro do champanhe Clicquot. Nesse intervalo, conquistou o posto de maior vendedor da América Latina, em 2011. O empresário comenta que em novembro, quando o local planeja as compras para a temporada, são encomendadas em média 12 mil garrafas de espumantes e champanhes. Em alguns anos, o consumo extrapola o planejamento. Para aproveitar a "única festa do Brasil com open bar de champanhe francesa", os clientes chegam a pagar R$ 3,5 mil por uma Dom Pérignon de 1,5 litros. 

— Mais de 50% da bebida alcoólica vendida no Taikô é champagne. Criamos um destino onde o consumo sugerido de álcool é a bebida.

Apesar das marcas conquistadas pelo Taikô, Adegas ressalta que atualmente o beach club não ocupa o posto de maior vendedor do produto. A partir do momento em que as casas noturnas incorporaram o champanhe no cardápio, tornaram-se mais representativos nas vendas. Doreni Caramori, diretor do grupo All Entretenimento, que detém o Complexo Music Park, explica que o consumo de champanhe durante a noite é um fenômeno típico de Florianópolis.

Do pôr-do-sol na praia à balada: champanhe é a pedida

Nos espaços Devassa, Pacha e Posh, que fazem parte do Complexo, a bebida representa em média 20% do total consumido. Apesar de a vodka ainda ser a mais comprada, Caramori identifica o champanhe como a bebida que evidenciou a mudança de hábito dos clientes, que agora consomem as versões mais caras do produto. Só no Reveillón deste ano, cerca de quatro mil garrafas de champanhe foram vendidas no Complexo — que ostenta o título do espaço que mais vendeu a bebida em única noite no mundo.

— Seu consumo dobrou nos últimos cinco anos, e a qualidade do produto comprado é maior. Antes, a marca mais comprada era a Chandon, e hoje é a Clicquot - justifica. 

No restaurante Donna, de Jurerê Internacional, ela é a bebida mais pedida, garante o gerente Jeferson Adriano dos Santos. Cerca de 40% das vendas alcoólicas são representadas pelo produto francês. Para a temporada, o estabelecimento se planeja com um estoque de três mil garrafas, entre elas a Blanc de Blanc de 750 ml, que custa R$ 6.880. Diferente das casas noturnas, no beach club o maior consumo parte de clientes que escolhem a bebida para acompanhar os pratos oferecidos no local. Ele ressalta que, com o apelo gastronômico, luzes e outros tipos de acessórios não acompanham o champanhe, como em boates. 

— Por ser na beira da praia, o local já sugere o champanhe. Antes, a bebida era só pedida em datas comemorativas e hoje passa a ser vista como uma cerveja.
DIÁRIO CATARINENSE

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