sábado, 1 de fevereiro de 2014

Empresas são denunciadas por fraudes em programa federal


Três construtoras e quatro bancos estão sendo investigados.
Construção de mais de três mil casas no estado foi prejudicada.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

A construção de mais de três mil casas do programa Minha Casa Minha Vida foi prejudicada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)A construção de mais de três mil casas do
programa Minha Casa Minha Vida foi prejudicada
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Quatro bancos e três construtoras foram denunciados à justiça por supostas fraudes na construção de 3449 casas do programa Minha casa, minha vida, do governo federal, distribuídas em 117 municípios do Tocantins. Por determinação da justiça federal as empresas Concrefort Construtora Ltda, A Construtora Domínio Ltda, e Savana Construtora e Incorporadora Ltda estão proibidas de receber verbas do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC).  A decisão ocorreu porque as três empresas não finalizaram as obras das casas populares referentes ao PAC 1 mesmo tendo recebido todo o dinheiro.
Segundo a procuradoria, responsável pelas investigações, o prejuízo referente somente ao PAC 1 constatado até agora, foi de cerca de R$ 30 milhões. Além das obras não terem sido concluídas, o material usado não era de qualidade.
Nesta sexta-feira (31), o Ministério Público Federal fez uma reunião com os prefeitos para repassar orientações. "A obra está abandonada. E do PAC 2 nós temos metade das unidades habitacionais em fase de construção e as demais nem iniciadas foram", disse a prefeita de Barrolândia Leila Rocha.
As empresas receberam todo o dinheiro do programa do governo federal (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)As empresas receberam todo o dinheiro do
programa do governo federal
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O que também chamou a atenção dos procuradores da república foi o fato das três construtoras serem administradas por apenas duas pessoas: Lindomar de Freitas Borges e o filho dele Lindomar de Freitas Borges Júnior. "É bastante estranho que uma empresa só tenha assumido obras em um estado que é bastante grande geograficamente com regiões tão díspares em termos de população, densidade demográfica, na medida em que o programa foi idealizado para que houvesse um fomento da economia local. O que se esperava era que os beneficiários pudessem contratar pequenas empresas locais para executar estas obras", disse a procuradora Renata Ribeiro.

Por telefone, Lindomar de Freitas Borges não quis comentar as denúncias. "No momento certo a imprensa será informada de todos os fatos", disse ele. Novas ações vão ser propostas pelo Ministério Público Federal assim que as investigações forem concluídas.

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