sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Souto manda que todos aguardem momento da indicação às eleições


por
Lilian Machado e Osvaldo Lyra
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA

Os rumores sobre uma suposta decisão do ex-governador Paulo Souto (DEM) elevaram a temperatura política no seio da oposição baiana. Nas primeiras horas de ontem, a expectativa era de que Paulo Souto teria aceitado disputar a cadeira do Palácio de Ondina, nas eleições de 05 de outubro. Entretanto, com o passar do dia, surgiram rumores opostos de que o democrata havia desistido de entrar como protagonista da cena e já havia, inclusive, conversado com o prefeito ACM Neto (DEM) sobre o assunto.
Cobiçado pelo partido para ser o representante do grupo e com bons índices nas pesquisas, Souto, entretanto, resiste em falar e manda o recado para que todos “aguardem” o momento. As conversas se ampliaram junto à expectativa de que esta sexta-feira seria o limite acordado entre os líderes da oposição e o prefeito ACM Neto (DEM) para uma definição interna.
Consultado pela reportagem da Tribuna ontem, Souto pediu desculpas e, mais uma vez, se recusou a falar sobre a questão. “Não tem como eu falar sobre o assunto”. Lideranças democratas também negaram que haja um fechamento. O presidente do partido no Estado, deputado Paulo Azi disse que o correligionário não tem uma posição definida.
“É uma questão de foro íntimo dele que está avaliando se empresta ou não o seu nome. O partido o deixou à vontade”, afirmou.“As coisas estão caminhando para serem decididas em pouco tempo”.Nos bastidores, outras lideranças sinalizam que ainda haverá muito diálogo até o jogo político ser totalmente acordado.
Escolha nas mãos do prefeito
O clima de espera estaria relacionado à suposta conversa a ser coordenada pelo prefeito ACM Neto (DEM) com as lideranças partidárias do DEM, do PMDB que apresenta o nome do próprio presidente estadual do partido Geddel Vieira Lima para a cabeça de chapa, e do PSDB, que tem como pré-candidato João Gualberto, apontado nos bastidores como possível vice.
Demonstrando muita vontade de ser o representante da oposição na disputa para governador, Geddel negou ontem que haja alguma novidade. O seu irmão, deputado federal, Lúcio Vieira Lima disse que o assunto está nas mãos do prefeito ACM Neto. “Logicamente o prefeito está fazendo as conversações que acha serem necessárias, primeiro. Estamos aguardando a sua convocação”, acrescentou.
Uma das principais lideranças do PSDB no Estado, o deputado federal Antonio Imbassahy disse a decisão dos oposicionistas em relação ao nome que enfrentará as eleições ao governo está sendo “amadurecida”. “Continuamos com as conversações finais. Não há notícia de definição, mas estamos próximos disso”, afirmou. Segundo ele, não há dificuldades no processo. “São todos bons candidatos, nomes de qualidade reconhecida e isso até facilita a escolha. Difícil seria se não tivéssemos bons candidatos”, enfatizou.
Nos bastidores, a avaliação é de que Souto tenta ajustar uma decisão por temer muito uma terceira derrota. Para isso exigiria uma chapa bastante competitiva e precisaria de uma grande segurança financeira para realizar com maior tranquilidade a campanha
Geddel, por sua vez, estaria mais disposto a enfrentar o cenário, mas também deseja uma composição que demonstre muita capilaridade para rivalizar com as alternativas até então apresentadas. Todos eles preferem minimizar as consequências da demorada decisão, quando comparada a situação do PT e do PSB. 

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