quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

IPI para carros sobe a partir desta quarta e deve impactar nos preços


Tributo tem elevação no início deste ano depois de meses 'congelado'.
Obrigatoriedade de airbag e freios ABS também deve impactar nos preços.

Do G1, em Brasília e São Paulo

ipi em janeiro de 2014 (Foto: Arte G1)
O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sobe a partir desta quarta-feira (1º), mesmo dia em que entra em vigor a obrigatoriedade de freios ABS e airbags em 100% dos carros produzidos a partir deste ano.
Essas duas medidas tendem a elevar os preços dos carros em 2014 e podem impulsionar a inflação.
Segundo informou em dezembro o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o preço dos carros populares deverá subir de 4% a 8% para a inclusão de airbag e ABS, o equivalente a uma alta de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por automóvel.
A alta do IPI vai levar a um aumento da arrecadação de R$ 956 milhões entre janeiro e junho de 2014, segundo cálculos do Ministério da Fazenda.
Alíquotas do IPI
Para os carros populares (1.0), a alíquota, que estava em 2% até o fim de 2013, passa a ser de 3% a partir do início deste ano. Ela fica assim até 30 de junho de 2014, quando o governo então vai avaliar se haverá novo aumento, para 7% – alíquota que vigorava antes de o governo determinar a redução do IPI, no início de 2012.
Para carros com motor entre 1.0 e 2.0 flex, a alíquota de IPI, que foi de 7% até o fim do ano passado, subiu para 9% nesta quarta. E pode retornar ao patamar de 11% em julho, dependendo da análise do governo.
Já para os veículos com mesmo motor, mas movidos apenas a gasolina, a alíquota subiu de 8% para 10% nesta quarta-feira e pode avançar para 13% em julho.
Veículos utilitários tiveram alta do IPI dos 2%, que vigoravam até o fim de 2013, para 3% em 1º de janeiro. A partir de julho, o imposto pode subir para 8%.
Para os utilitários usados para transporte de carga, a variação será a mesma agora. Em julho, porém, se houver alta, ela será para 4%.
Excesso de estoque levou a IPI menor
O governo mexeu no IPI em maio de 2012, quando as montadoras estavam com estoques acima da média. O objetivo foi estimular vendas e evitar demissões.
Inicialmente, o imposto foi zerado para carros 1.0 e as alíquotas dos demais foi reduzida. O desconto no IPI fez a indústria automobilistica bater recordes nos meses seguintes.
Em janeiro de 2013, o IPI começou a ser recomposto, com um aumento em todas as categorias, assim a alíquota para carros 1.0 saiu de zero para 2%, por exemplo. As alíquotas de janeiro foram mantidas até o fim do ano passado.
A produção de veículos em 2013 bateu, já em novembro, o recorde histórico, com 3,5 milhões de unidades produzidas, superando a então marca inédita de 2011. Os números fechados de vendas serão divulgados nos próximos dias.

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