- Gerson Paulo
Cada
vez mais vemos o nosso Brasil, infeliz e lamentavelmente, em estado de coma com
a ilusória propaganda “esquerdista”, cuja maior arte é-nos “iludir” por meio de
“sofismas”, ou seja, fazer-nos acreditar que os graves problemas que estamos
vivenciando hoje em nosso país (déficit de segurança, saúde, educação,
degradação ética e moral) não está nesta concepção ideológica, mas sim naquela,
qual seja, em uma abstração, por sinal muito conveniente para uma sociedade
apolitizada, a equivocada “política” adotada pela vetusta ideologia
direitista.
Antes de qualquer abordagem mais detida, vale esclarecer
ser “ideologia” um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um
grupo de indivíduos. Quem melhor trabalhou o conceito de ideologia foi o
filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos
(políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo
com Marx,
a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no
controle da sociedade.
Para bem conduzir a brevíssima temática, permita-nos um
rápido mergulho na gênese da ideologia política direita/esquerda para que
possamos concluir nosso pensamento com bases sólidas. Pois bem, é fato que esta
concepção surgiu na sequência da Revolução Francesa de 1789. Na sua origem, a
direita consistia na defesa do poder da autoridade real e a esquerda
correspondia a um sistema que lutava pelos “valores da liberdade” e do
“progresso”. Nos finais do Século XX, pensadores como Norberto Bobbio e Anthony
Giddens definem a direita como uma corrente ideológica que tende para a defesa
da desigualdade social entre os homens e a esquerda uma ideologia que consiste
na implementação de um programa socio-político que visa à promoção da igualdade
social.
É preciso visão de águia quanto a esta assertiva, pois o
esquerdismo como “terreno comum de onde brota o relativismo”, é uma espécie de
“cosmovisão” que merece ser veemente compreendida e combatida e, se possível
(muito embora confesse que, com a chegada do PT ao poder, o Brasil tenha
mergulhado em um caminho obscuro e, possivelmente, sem volta – tomara Deus que
eu esteja errado), de uma vez por toda rechaçada. Como afirmava Sócrates: “Uma
vida não examinada não é digna de ser vivida”.
Mas o que seria essa tal cosmovisão? Em breve definição,
cosmovisão, segundo lições de James Sire (“Dando Nome ao Elefante”), é um
compromisso, uma orientação fundamental do coração, algo que se pode ser
expresso em uma história ou em um conjunto de pressuposições (afirmações que
podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeira ou totalmente falsas) que
sustentamos (de modo consciente ou inconsciente, consistentemente ou não) sobre
a estrutura básica da realidade, e que provê os fundamentos em que vivemos, nos
movemos e temos neste ser”.
Em outra apresentação, muito elucidativa por sinal,
cosmovisão, na concepção de Norman Geisler, é semelhante a uma lente intelectual
através da qual enxerga-se o mundo. Se alguém olha através de uma lente
vermelha, o mundo lhe parece vermelho. Se outro indivíduo olha através de uma
lente azul, o mundo lhe parece azul”.
PARTE 2
É preciso, portanto, por meio de cirúrgica lente, voltar
nossas atenções para o sentido histórico dessas ideologias; nessa direção é
possível rascunhar que “a Direita significava a ‘reforma’ ou o ‘consensualismo’,
isto é, a conciliação entre a representação popular e o poder real, tal como a
moderação cartista da restauração veio a consagrar, já a esquerda assumia,
grife-se, a ‘ruptura’, o monismo de uma soberania popular”. Percebam bem a
sutileza do sentido histórico do esquerdismo: “ruptura”, rompimento, romper.
Guarde bem essa palavra.
Orientando-nos pelos conselhos socratianos, mister
examinar mais de perto essa concepção ideológica de cunho esquerdista, para aí
sim, decidirmos com qual cor de lente queremos enxergar nosso país em um futuro
não muito longínquo, bem como saber se tal ou qual concepção ideológica é digna
de ser vivida por nós brasileiros.
Nesse caminho, é preciso certa sensibilidade no sentido
de que o esquerdismo é muito mais que um mero ou simples posicionamento político
ou uma oposição (um rompimento) ao poder em vigor. O esquerdismo, na linha de
balizadas doutrinações, está conforme o espírito da modernidade em vários
pontos: a) ódio ou desconfiança de autoridades de todo o tipo (inclusive
espiritual – o marxismo tradicional rejeita veementemente o cristianismo, a
ponto de tratá-lo como “ópio”); b) polarização da realidade em torno de uma
obsessão por poder (a humanidade se divide em opressores e oprimidos); c)
redução da individualidade a esquemas e grupos representativos (o pobre, a
mulher, o negro, o gay, em vez de pessoas únicas); d) utopias materialistas (o
paraíso será aqui); e) transcendência desviada (a rejeição à ideia de Deus leva
à adoração ao líder que se engaja no projeto utópico).
Este é um ponto fundamental a ser tocado. Bem sabemos
que a sociedade ocidental foi ou está alicerçada na seguinte trilogia: *ética
judaico-cristã; *filosofia grega; e *direito romano, que, inclusive, é
importante destacar, ser uma trilogia de “concepção direitista”. Nesta
perspectiva é possível concluir que a direita é uma forma de viver segundo os
hábitos e valores tradicionais, ou seja, mais saudáveis. Isto é, a direita é uma
espécie de temor reverencial “aos valores tradicionais, aos ritos, às convenções
estabelecidas, os grandes valores do passado, as grandes ideias como a pátria,
os grandes símbolos como a bandeira, as grandes vivências como a religião”. A
esquerda, ao contrário, procura romper, vergastar com todos os valores
tradicionais, prometendo a “liberdade” e o “progresso social”. Em termos mais
curtos, a ideia central do “esquerdismo” é a “desconstrução” de todas as regras
e valores ainda hoje preservados pela sociedade.
Esta percepção é fundamental, pois determinará de forma
intensa o nosso comportamento na sociedade em que vivemos, tendo implicações em
todas as esferas de nossa existência. Permita-nos citar um pequeno exemplo dessa
“desconstrução esquerdista”: a militância gay está trabalhando intensamente pela
aprovação do substitutivo do PNE (Plano Nacional de Educação), proposto pelo
senador Vital do Rêgo. Tal projeto, dentre outras, pretende introduzir a
“igualdade de gênero” e a “orientação sexual” como diretrizes da educação
nacional. Trocando em miúdos, eles estão forçando a formação de um “exército”,
uma “geração” de gays, lésbicas e simpatizantes sob o rótulo da “democratização
da sexualidade” – um verdadeiro “canto da sereia”: belo na melodia, porém
nefasto em sua concretização na medida em que desvia os homens de seus objetivos
e os conduz a caminhos tortuosos, dos quais dificilmente será possível retornar.
A questão aqui é muito clara, desconstrução de todo o conhecimento acumulado
sobre a biologia humana, especificamente sobre a diferença entre homem e mulher,
para que militantes gays, disfarçados de pedagogos, possam ensinar que tudo é
socialmente construído. Isso faz parte de uma agenda global anti-cristã e
socialista (comunista).
Para resumir minhas considerações, evoco as lições de
Leonardo Boff, segundo a qual: “Lê significa reler e compreender, interpretar.
Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é à vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é
necessário saber como são os seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz
da leitura sempre uma releitura”.
Não nos deixemos levar por quaisquer cosmovisões, em
especial as manipuladas pela mídia. A sociedade brasileira, hoje, teme pelos
rumos que o país está tomando nas mãos de aventureiros políticos esquerdistas.
Somos, atualmente, o agrupamento mais apto à nova tendência política que se
aproxima. Mas do que direitista, já que superamos esta tendência, nossa
cosmovisão é “nacionalista”, há que estamos atentos para o chamado: “É chegada a
hora de assumirmos um papel relevante na história da nação brasileira”
!!!
VIVA UM BRASIL VERDE E AMARELO !!!VIVA UMA GERAÇÃO
NACIONALISTA !!!
Gerson Paulo. Bacharelado e Pós-Graduado em Ciências Jurídicas.
http://sociedademilitar.com.br
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