Maria Carolina
Abe
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Para evitar filas em pedágios de estradas e estacionamentos de shoppings, os
aparelhos de cobrança automática podem ser uma boa opção, dependendo do perfil
de uso do motorista. Quem tem um carro com esse chip instalado no para-brisa
passa pela praça de pedágio ou entrada de estacionamento sem precisar parar, nem
manusear dinheiro.
"A grande vantagem é a economia do tempo", diz o economista e professor da FGV-SP Samy Dana. "Cada um deve calcular quanto vale sua hora, por exemplo, para avaliar se vale a pena pagar por esse serviço."
Pode ser uma boa opção para as pessoas que viajam muito de carro, ou para quem frequenta os estacionamentos conveniados, como os de shoppings e aeroportos.
Atualmente, são três empresas operando no mercado --o local com maior cobertura é o Estado de São Paulo--, e há opções de chips pré e pós-pagos.
Para escolher a melhor opção, é preciso estudar se os lugares atendidos pelo serviço coincidem com as estradas e estacionamentos aonde o cliente costuma ir, afirma Dana. Nem todos os serviços são aceitos em estacionamentos.
Os planos disponíveis para o Estado de SP também podem ser consultados no
site da Artesp
O pagamento é feito via débito em conta corrente e, em alguns casos, no cartão de crédito.
Essa alternativa compensa para quem usa muito o sistema. Nesse caso, pagar um valor fixo de mensalidade sai mais em conta do que pagar uma taxa a cada vez que fizer uma recarga de créditos. Por outro lado, é preciso lembrar que será mais uma despesa fixa todo mês.
Há uma opção de pós-pago --o Sem Parar Adesão Zero-- que não tem cobra taxa de adesão. Para compensar, tem uma mensalidade mais alta.
No sistema pré-pago, o usuário coloca créditos, como faz com um celular pré-pago, e eles vão sendo consumidos de acordo com a utilização.
Ao aderir ao sistema, o cliente escolhe um valor de recarga que irá fazer sempre --varia de acordo com a empresa, de R$ 20 a R$ 500. Quando os créditos disponíveis atingem um valor mínimo, a recarga é feita automaticamente, com débito em conta corrente.
A cada recarga, a empresa cobra do cliente uma taxa --quanto maior o valor da carga, menor a taxa, e vice-versa. É uma boa opção para quem quer controlar seus gastos.
No caso do chip da ConectCar, o consumidor também pode fazer a recarga pelo site ou nos postos da rede Ipiranga. Nesse caso, só precisa ter cuidado de manter saldo suficiente para a passagem em pedágios e estacionamentos.
Esse sistema da ConectCar oferece, ainda, desconto de até 5% para abastecer o carro nos postos da rede Ipiranga. Por outro lado, os créditos do pedágio automático têm validade de 4 meses.
A concorrência começou neste ano. Em fevereiro, entrou em operação o AutoExpresso, administrado pela DBTrans, empresa de meios de pagamento. Em abril, foi a vez do ConectCar, parceria entre a Odebrecht TransPort S/A, subsidiária da Odebrecht, e a Ipiranga. Em 2014, uma nova concorrente entra no páreo: a Move Mais.
A abertura do mercado começou pelo Estado de São Paulo, com uma mudança de regras da Artesp (Agência de Transporte). Os custos do serviço caíram até 67% com a concorrência, calcula a Artesp, e alguns planos deixaram até de cobrar taxa de adesão.
"Até o ano passado, os usuários das rodovias paulistas que quisessem optar pelo pagamento eletrônico de pedágio contavam com apenas uma empresa e um plano de serviço, com cobrança de R$ 69,56 de taxa de adesão, além de R$ 12,40 de mensalidade", informa a Artesp. "Após a abertura de mercado promovida pelo governo do Estado de São Paulo, foram implantados planos com taxa de adesão zero e mensalidades que caíram para até R$ 8,41 --caso do Sem Parar; e R$ 6 para planos da Auto Expresso DBTrans", segundo a agência.
Aos poucos, as concorrentes vão ampliando sua área de atuação.
Até agora, apenas a Sem Parar atua nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada. Porém, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem tentando mudar essa regra e abrir o mercado para as concorrentes.
A expectativa é que as estradas estaduais sob concessão também sigam o mesmo modelo futuramente.
Ele acredita que o próprio governo deveria promover a concorrência e dar incentivos a novas empresas que queiram atuar nesse setor.
Dana defende, ainda, que os próprios estabelecimentos comerciais, como shoppings, incentivem o uso do chip, por exemplo dando desconto no valor do estacionamento.
"Para o empresário, é economia de dinheiro. Num shopping, se todo mundo tiver o chip, a administração reduz o custo com pessoal para fazer o controle e o pagamento de estacionamento."
"A grande vantagem é a economia do tempo", diz o economista e professor da FGV-SP Samy Dana. "Cada um deve calcular quanto vale sua hora, por exemplo, para avaliar se vale a pena pagar por esse serviço."
Pode ser uma boa opção para as pessoas que viajam muito de carro, ou para quem frequenta os estacionamentos conveniados, como os de shoppings e aeroportos.
Atualmente, são três empresas operando no mercado --o local com maior cobertura é o Estado de São Paulo--, e há opções de chips pré e pós-pagos.
Para escolher a melhor opção, é preciso estudar se os lugares atendidos pelo serviço coincidem com as estradas e estacionamentos aonde o cliente costuma ir, afirma Dana. Nem todos os serviços são aceitos em estacionamentos.
OPÇÕES PÓS-PAGAS
PLANO | ESTADOS | ADESÃO | MENSALIDADE | TAXA DE RENOVAÇÃO | TAXA DE SUBSTITUIÇÃO |
Sem Parar Clássico |
SP, RJ, RS, SC, PR, BA, MT, MS e MG - Estradas atendidas - Estacionamentos credenciados |
R$ 73,16 | R$ 13,05 | R$ 73,16 (após 5 anos) | R$ 43,83 (em caso de perda) |
Sem Parar Adesão Zero |
SP, RJ, RS, SC, PR, BA, MT, MS e MG - Estradas atendidas - Estacionamentos credenciados |
-- | R$ 17,28 | -- | -- |
SP Sem Parar |
SP - Estradas atendidas (apenas estradas estaduais de SP; não inclui estacionamentos) |
R$ 40 (caução, devolvida no cancelamento, corrigida pelo IGP-M) | R$ 8,41 | -- | -- |
Auto Expresso Pós-pago |
SP, RJ, RS, PR, SC e MG - Estradas em SP (não inclui estacionamentos) - Estacionamentos e estradas nos demais Estados |
R$ 30 | R$ 6 | -- | R$ 30 (em caso de perda) |
OPÇÕES PRÉ-PAGAS
PLANO | ESTADOS | ADESÃO | CARGAS | TAXA POR RECARGA | VALIDADE DOS CRÉDITOS |
Sem Parar Pré-pago |
SP, BA e SC - Estradas atendidas (apenas estradas estaduais de SP) |
R$ 40 (caução, devolvida no cancelamento, corrigida pelo IGP-M) | De R$ 25 a R$ 150 | De R$ 4 a R$ 15 | Não expiram |
AutoExpresso Escolha |
SP, RJ, RS, PR, SC e MG - Estradas em SP (não inclui estacionamentos) - Estacionamentos e estradas nos demais Estados |
R$ 30 | R$ 50 ou R$ 100 | R$ 6 | Não expiram |
ConectCar |
SP, BA e PE - Estradas e estacionamentos atendidos |
R$ 30 (R$ 20 no programa de fidelidade do posto Ipiranga) | De R$ 20 a R$ 500 | De R$ 2 a R$ 15 | 4 meses |
Pré-pago ou pós-pago?
O sistema mais antigo no mercado é o pós-pago. O usuário usa as passagens automáticas e, depois, em um dia determinado, paga uma mensalidade e os valores gastos com pedágios e estacionamentos. Ou seja: o pagamento é adiado em até 30 dias.O pagamento é feito via débito em conta corrente e, em alguns casos, no cartão de crédito.
Essa alternativa compensa para quem usa muito o sistema. Nesse caso, pagar um valor fixo de mensalidade sai mais em conta do que pagar uma taxa a cada vez que fizer uma recarga de créditos. Por outro lado, é preciso lembrar que será mais uma despesa fixa todo mês.
Há uma opção de pós-pago --o Sem Parar Adesão Zero-- que não tem cobra taxa de adesão. Para compensar, tem uma mensalidade mais alta.
No sistema pré-pago, o usuário coloca créditos, como faz com um celular pré-pago, e eles vão sendo consumidos de acordo com a utilização.
Ao aderir ao sistema, o cliente escolhe um valor de recarga que irá fazer sempre --varia de acordo com a empresa, de R$ 20 a R$ 500. Quando os créditos disponíveis atingem um valor mínimo, a recarga é feita automaticamente, com débito em conta corrente.
A cada recarga, a empresa cobra do cliente uma taxa --quanto maior o valor da carga, menor a taxa, e vice-versa. É uma boa opção para quem quer controlar seus gastos.
No caso do chip da ConectCar, o consumidor também pode fazer a recarga pelo site ou nos postos da rede Ipiranga. Nesse caso, só precisa ter cuidado de manter saldo suficiente para a passagem em pedágios e estacionamentos.
Esse sistema da ConectCar oferece, ainda, desconto de até 5% para abastecer o carro nos postos da rede Ipiranga. Por outro lado, os créditos do pedágio automático têm validade de 4 meses.
Sem Parar ganhou concorrentes; preços caíram
Desde que o sistema de pagamento eletrônico de pedágio foi inserido no Brasil, o Sem Parar dominava o mercado nacional. A STP, operadora do sistema, diz ter mais de 4 milhões de clientes.A concorrência começou neste ano. Em fevereiro, entrou em operação o AutoExpresso, administrado pela DBTrans, empresa de meios de pagamento. Em abril, foi a vez do ConectCar, parceria entre a Odebrecht TransPort S/A, subsidiária da Odebrecht, e a Ipiranga. Em 2014, uma nova concorrente entra no páreo: a Move Mais.
A abertura do mercado começou pelo Estado de São Paulo, com uma mudança de regras da Artesp (Agência de Transporte). Os custos do serviço caíram até 67% com a concorrência, calcula a Artesp, e alguns planos deixaram até de cobrar taxa de adesão.
"Até o ano passado, os usuários das rodovias paulistas que quisessem optar pelo pagamento eletrônico de pedágio contavam com apenas uma empresa e um plano de serviço, com cobrança de R$ 69,56 de taxa de adesão, além de R$ 12,40 de mensalidade", informa a Artesp. "Após a abertura de mercado promovida pelo governo do Estado de São Paulo, foram implantados planos com taxa de adesão zero e mensalidades que caíram para até R$ 8,41 --caso do Sem Parar; e R$ 6 para planos da Auto Expresso DBTrans", segundo a agência.
Agência quer incluir rodovias federais sob concessão
No momento, o Sem Parar é a mais aceito no Brasil: segundo a empresa, está em 96% das rodovias pedagiadas do país, e em 100% das estradas nos Estados de São Paulo, Rio, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.Aos poucos, as concorrentes vão ampliando sua área de atuação.
Até agora, apenas a Sem Parar atua nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada. Porém, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem tentando mudar essa regra e abrir o mercado para as concorrentes.
A expectativa é que as estradas estaduais sob concessão também sigam o mesmo modelo futuramente.
Governo e shoppings deveriam incentivar uso dos chips, diz economista
Para o economista Samy Dana, o mercado de cobrança automática "ainda tem muito que evoluir". "Acho caro ainda, mas com concorrentes o preço deve baixar."Ele acredita que o próprio governo deveria promover a concorrência e dar incentivos a novas empresas que queiram atuar nesse setor.
Dana defende, ainda, que os próprios estabelecimentos comerciais, como shoppings, incentivem o uso do chip, por exemplo dando desconto no valor do estacionamento.
"Para o empresário, é economia de dinheiro. Num shopping, se todo mundo tiver o chip, a administração reduz o custo com pessoal para fazer o controle e o pagamento de estacionamento."
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