segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
PALAVRAS AO VENTO
Aileda de Mattos Oliveira*
É comum dizermos que “palavras o vento leva”, porém, omitimos no aforismo, que mesmo ao sabor do vento, no espaço e no tempo, já deixaram sinais de sua passagem lá dentro da consciência dos que as ouviram ou as leram, como ecos a incitá-los a uma reflexão sobre a mensagem que carregam e deve ser avaliada.
Cecília Meireles, no Romanceiro da Inconfidência, ao falar das “palavras aéreas” diz “que [por causa delas] em rápida existência, tudo se forma e transforma”.
Acreditando nesta potência das palavras reservamos algumas nesta última semana de 2013, para serem levadas pelo vento virtual às Forças Armadas Brasileiras, Instituições Permanentes, responsáveis pela defesa do país, pela sua soberania, pela manutenção da unidade territorial, pela implantação da língua em longínquos rincões, pela unidade étnico-racial de seu povo.
A realidade é insofismável: cai sobre os ombros dos militares toda a ação de proteção do Território, do Estado e da Nação brasileiros.
Com tão grandiosa atividade em favor do bem comum, é necessário que os militares ouçam a voz da parte sadia da sociedade brasileira que os apoia e anseia pela manutenção da fidelidade ao juramento de soldado que os consolida como esteios da brasilidade e, por conseguinte, como sustentáculos da nacionalidade.
Quanto aos governos, quanto ao Congresso, quanto ao Judiciário, esses são os verdadeiros adversários a serem combatidos, a serem derrotados, pelo achincalhe com que tratam o país e as suas próprias Forças Armadas; pelo descaso com a população não lhe oferecendo serviços sociais de qualidade; pela desobediência à Constituição; pelo doentio hábito de locupletarem-se com o dinheiro público, enfim, por toda a degradação moral implantada, inclusive, em livros escolares, o que corrobora a essência niilista desse sinistro grupo. Nele, as palavras que lhe são melodiosas, pertencem à ordem da escatológica ideologia que professam. Falamos de maneira geral, mas há exceções raríssimas no Congresso e no Judiciário, dentro desse conjunto amorfo e infecto.
Desejamos que estas palavras, ao flutuarem no éter, sejam levadas por uma brisa suave aos Gabinetes de Comando das OM das três Forças para poderem deixar gravados os sinais da mensagem de que a população ordeira se mantém civicamente ombreada com os militares e espera deles o compromisso de que o Brasil permanecerá brasileiro, não respirará os ares caribenhos ou bolivarianos, ou adotará a patológica ideologia e a execrável bandeira vermelha.
Somos, civis e militares, uma unidade, prezados Comandantes, na luta pelo retorno ao estado realmente de Direito, de Justiça, de Governabilidade, quando os Poderes Legislativo e Judiciário retornarão à independência de suas funções, livrando-se, de vez, do servilismo a que estão submetidos, pela corrupção, ao poder Executivo, centro vicioso da Nação.
Que as Forças Armadas, Senhores Comandantes, estejam sempre atentas, a fim de se anteciparem ao golpe do punhal de Brutus, já levantado, à espreita de um momento propício para a consumação da investida final.
Abaixar a guarda, respeitáveis Comandantes de tropa das Forças, significará a perda de todas as conquistas acumuladas pelos tempos afora, o que mancharia para sempre a Verdadeira História do Brasil, repleta de ações que dignificaram os nomes dos seus antecessores, de épocas remotas ou contemporâneas, que as protagonizaram.
São estas as palavras que esperamos sejam levadas pelo vento. Podem até ser consideradas como as de uma débil voz, sufocada pela audácia das vozes contrárias, nutridas pela farta mesa oferecida com o dinheiro público. É verdade.
Débil, porém, independente, nutrida unicamente pela consciência do dever cumprido, de nunca ter posto as palavras a serviço da abjeta idolatria aos líderes da decomposição humana.
A todos os Comandantes de Área das três Forças, que a voz do Alto, mais forte que todas, que não se deixa levar pelo vento, faça-se ouvir em suas consciências e que a Sua mensagem seja imediatamente decodificada para a libertação do Brasil das mentes insanas que desejam mantê-lo na ignorância cultural e na negação dos valores judaico-cristãos, para mais facilmente pervertê-lo. Sejamos inflexíveis com esse bando de mercenários, de aventureiros!
(*Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)
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