segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Governador de Sergipe morre em São Paulo



FOLHA DE SÃO PAULO
DANIELLE MENEZES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM ARACAJU

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), 53, morreu por volta das 3h30 desta segunda-feira, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês.
O corpo de Déda será velado no Palácio-Museu Olímpio Campos. As informações sobre o enterro serão divulgadas mais tarde.
Afastado do governo do Estado desde maio, Déda lutava contra um câncer no sistema gastrointestinal, descoberto no ano passado. Em 2009, o governador havia passado por cirurgias depois de os médicos identificarem um nódulo no pâncreas.
O vice-governador sergipano, Jackson Barreto (PMDB), suspendeu eventos de que participaria no Estado neste fim de semana após boletim médico ter apontado, no sábado (30), a piora do estado de saúde de Déda.
Um dos fundadores do PT, Déda foi eleito pela primeira vez em 1986, como deputado estadual. Em 1994, se tornou deputado federal, se reelegendo em 1998.
Elegeu-se prefeito da capital sergipana, Aracaju, em 2000 e em 2004. Também venceu por duas vezes a eleição para o governo do Estado, em 2006 e 2010.
Déda costumava relatar que começou a trabalhar na criação do PT em 1979, durante a reforma partidária do governo Figueiredo, o último do período militar.
Dessa reforma, a Arena, partido governista, se transformou em PDS. O MDB, em PMDB. O PTB, extinto na ditadura, reapareceu. E surgiram o PDT e o próprio PT.
FAMÍLIA
O "petista de primeira hora" nasceu em Simão Dias, cidade localizada a 110 km de Aracaju. Caçula entre os cinco filhos de Manoel Celestino Chagas e Zilda Déda Chagas, gostava de ressaltar "as influências decisivas" que recebeu do avô materno, José de Carvalho Déda.
Escritor e jornalista, Zeca Déda foi eleito três vezes como deputado estadual. Morreu quando o neto que se tornaria governador tinha oito anos. "Mesmo ausente meu avô teve uma grande influência no meu caráter. Ele me deixou um grande legado."
Formado em direito, Marcelo Déda foi casado duas vezes e deixa a mulher, Eliane Aquino, e cinco filhos, três do primeiro casamento e dois do segundo.

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