'Favela' na Cracolândia é problema de saúde pública, diz prefeitura de SP

Secretaria de Segurança Urbana diz que poder público age na região.
Barracos começaram a ser erguidos nas ruas Dino Bueno e Helvétia.

Do G1 São Paulo

 A favela que se formou nas ruas Dino Bueno e Helvétia, na Cracolândia, Centro de São Paulo, é tratada como um problema de saúde pública, segundo o secretário municipal de segurança urbana, Roberto Porto. "Nós estamos tendo o cuidado de tratar um problema como saúde pública. O município vem agindo. Estamos com atendimento de 300 pessoas por dia", afirmou.
Os barracos começaram a ser erguidos bem perto de prédios históricos de São Paulo, na região da Luz, no Centro. Dezenas edificações ocupam as calçadas das ruas Dino Bueno e Helvétia, ao lado da Praça Júlio Prestes. Segundo os moradores da região, as casas improvisadas são levantadas pelos próprios usuários de droga.

Trechos na calçada que ainda não foram tomados por casas são reservados por moradores. Além da ocupação irregular, venda e consumo de crack acontecem durante o dia.
Um homem conta que, antes, muitos dependentes iam embora à noite, mas agora eles ficam por lá, alojados nos barracos. “Piorou muito, muito mesmo, à noite não dá pra sair. O pessoal que sai da porta do prédio passa em frente à Sala São Paulo para ir ao mercado, não tem mais condições de passar aí”, disse ele, que preferiu não se identificar.
Quem vive aqui na região da Cracolândia conta que os dependentes químicos começaram a montar barracos na calçada depois de terem sido retirados de um terreno na Rua Dino Bueno. Os moradores dizem que a ocupação cresce a cada dia.
O comerciante Carlos Alberto Gomes mora e tem loja na Avenida Duque de Caxias há mais de 30 anos. Ele gostaria de deixar a região, mas não consegue encontrar interessados para vender o apartamento. “Não adianta vender agora, se vender vai tomar prejuízo. Meu apartamento caiu pela metade por causa desse negócio aí”, afirmou.
A Prefeitura disse que médicos e assistentes sociais atendem a população de rua. E que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) monitora a região.