segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Justiça nega revisão, e reintegração de ocupação do MST está mantida


Movimento dos Sem Terra está acampado em distrito de Piracicaba.
Polícia Militar marcou retirada das famílias do local para quinta-feira.

Do G1 Piracicaba e Região

O juiz Marcos Douglas Veloso Balbino da Silva, titular da 2ª Vara Cível de Piracicaba (SP), negou na tarde desta segunda-feira (25) o pedido de reconsideração contra a decisão que manda a Polícia Militar reintegrar na quinta-feira (28) a posse da área do distrito de Tupi ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Área em Tupi, Piracicaba, ocupada pelo MST (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Área em Tupi, em Piracicaba, ocupada
pelo MST (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
As famílias estão acampadas no local, às margens da linha férrea, desde 19 de outubro. Na manhã desta segunda-feira, advogados do MST protocolaram ma Justiça um pedido de revisão da data, que não foi acatado.
"Não se está discutindo a propriedade nos autos, mas a posse e, nesse passo, entendo que a documentação trazida pela inicial (MST) continua a justificar a liminar", escreveu o juiz na decisão.
As famílias acampadas defendem que a área ocupada é da União e deve ser usada para a reforma agrária. O governo federal, no entanto, nega ter conhecimento ou propriedade sobre o local. Três indústrias canavieiras entraram com ação para requerer a posse.
No último dia 6, um oficial de Justiça notificou a liderança do grupo a deixar a área ocupada em Tupi. A notificação determinava a saída imediata, mas foi dado prazo para a saída espontânea e agendada a reintegração para quinta-feira.
O MST está em Tupi desde 19 de outubro, quando saiu da Fazenda Lavínia, às margens da Rodovia Hermínio Petrin (SP-308), que ficou ocupada por dois meses. O antigo acampamento foi desocupado antes da chegada da PM para a reintegração de posse determinada pela Justiça.

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