quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Grupo de médicos de MS compra clínica investigada na máfia do câncer


Troca de comando foi confirmada pela gerência administrativa da Neorad.
Empresa era de Adalberto Siufi, pivô de escândalo no setor de oncologia.

Fabiano Arruda Do G1 MS com informações da TV Morena

Grupo de médicos de MS compra clínica investigada na máfia do câncer (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)Clínica Neorad em Campo Grande (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
A Neorad, investigada pela Polícia Federal (PF) na operação Sangue Frio, que apura irregularidades no setor de oncologia em Campo Grande, foi comprada por um grupo de médicos de Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (27) pela gerência administrativa da clínica.

Ao G1, Renê Siufi, advogado do médico Adalberto Siufi, antigo dono da empresa e um dos alvos da operação, confirmou que o ex-diretor do Hospital do Câncer (HC) não é mais dono do estabelecimento. No entanto, informou que a venda ocorreu em 2012.
É a segunda transação que envolve a Neorad em um período de dois anos. No ano passado, um grupo de Minas Gerais comprou 70% da clínica e, ainda neste ano, adquiriu os outros 30%. Agora, este grupo vendeu a empresa para um quadro de médicos de Mato Grosso do Sul, que pretendem até mudar o nome do estabelecimento.
A gerência administrativa da Neorad confirmou que profissionais do estado serão os novos donos da clínica e não quis revelar os valores envolvidos na transação porque as informações são confidenciais. Também disse que, a princípio, a mudança não vai afetar o atendimento ao público e que o resultado da troca de comando “será muito bom”.
Na operação Sangue Frio, desencadeada em março, a PF analisou a atuação da Neorad, que era propriedade de Adalberto Siufi, com o Hospital do Câncer de Campo Grande, unidade em que o médico era diretor.
CPI deve fazer acareação entre Siufi e atual diretor do Hospital do Câncer (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Adalberto Siufi, ex-dono da Neorad e antigo diretor
do HC (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Valores cobrados acima da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e até de tratamento em pacientes mortos chamaram atenção da polícia.
À época foram apreendidos documentos e computadores em unidades de saúde e na casa de Adalberto Siufi.
As irregularidades no HC e também no Hospital Universitário (HU) vieram à tona durante as investigações feitas com Ministério Público e Controladoria-Geral da União (CGU).

Nenhum comentário:

Postar um comentário