sábado, 30 de novembro de 2013

Black Friday impulsiona vendas, mas tem maquiagem de preços e dificuldades na hora de comprar


Relatório feito por Proteste e Procon-RJ faz avaliação parcial do dia de descontos no Brasil


Black Friday impulsiona vendas, mas tem maquiagem de preços e dificuldades na hora de comprar Spencer Platt/GETTY IMAGES NORTH AMERICA
Produtos chegam a ter 80% de descontos nesta sexta, mas podem ter seus preços maquiados Foto: Spencer Platt / GETTY IMAGES NORTH AMERICA
A Black Friday brasileira aumentou as vendas das lojas participantes, mas apresentou maquiagem de preços e dificuldades para realizar compras, como instabilidade em sites e filas nas lojas. É o que diz um relatório divulgado nesta sexta-feira pela Proteste – Associãção Brasileira de Defesa do Consumidor, em parceria com o Procon-RJ. Para evitar as fraudes, o Procon monitora as lojas participantes e pode aplicar multas de até R$ 6 milhões.
Segundo as instituições, os descontos em certos produtos foram muitas vezes compensados com aumento expressivo em outros produtos da mesma loja. O comunidade avalia que "vale a pena pesquisar o valor em outros pontos de venda para pagar menos". Outra impressão que o relátorio apresenta é de que os descontos ficctícios, em que a loja cobra "a metade do dobro", também foram recorrentes.
– É óbvio que as empresas têm liberdade de determinar seus preços, mas não podem induzir o consumidor a erro, como acreditar que recebeu descontos quando na verdade foi só uma jogada para aumento de vendas. Essa conduta é contrária aos princípios estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor, como a boa fé e transparência – diz a coordenadora institucional da Proteste Maria Inês Dolci, em comunicado.
Um exemplo encontrado pelas instituições foi o ar condicionado Consul Mono Split Bem Estar de 7.000 BTUs das Lojas Americanas, que subiu de R$ 899,00 pra R$ 999,00, configurando aumento de R$ 100,00, mesmo que anunciasse desconto. Mas "no geral, os produtos com o selo da promoção realmente estavam com preços menores", avalia o relatório.
Em relação às dificuldades encontradas por consumidores, a pesquisa mostra que talvez valha mais a pena esperar o fim da Black Friday para fazer compras, já que algumas das grandes lojas participantes vão continuar com promoções similares até o final do ano – a pesquisa cita Casas Bahia, Colombo, Dafiti, Fast Shop, Fnac, Hering, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Marisa, Pão de Açúcar, PBKids, Ponto Frio, Saraiva e Submarino.
Para facilitar a avaliação, tanto Proteste quanto Procon pedem que as denúncias sejam formalizadas sempre que sejam percebidas fraudes ou ofertas suspeitas, "para ajudar a subsidiar a documentação sobre os que estão lesando os consumidores, para que haja mais respeito aos direitos". Um site especial com dicas e indicações sobre como prevenir de golpes em sites de compra foi disponibilizado pela Proteste.
ZERO HORA

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