Sites lucram com o mercado de casamentos

Paula Janay Alves

A TARDE

• Fernando Amorim | Ag. A TARDE
  
  Diane e Tiago criaram um site para compartilhar o processo de planejamento do casamento

Do noivado ao altar, são muitas as tarefas que os noivos têm de realizar antes da cerimônia ou festa. E desta enorme lista, somou-se mais uma: criar um site de casamento.
Com a tendência cada vez mais comum entre os noivos, o serviço se tornou uma lucrativa oportunidade de negócios, que já movimenta milhões no Brasil.
O primeiro e mais conhecido site deste tipo é o iCasei. A página foi criada em 2007, depois que os donos Luis e Priscila Machado tiveram a ideia de criar uma página para o seu próprio casamento.
"A festa foi no interior de São Paulo. Fiz um site para reunir informações de hotéis para os convidados que iriam para lá. A ideia foi legal e decidi transformar num negocio", conta Luis Machado.
A dificuldade de encontrar um site que oferecesse o serviço acabou se transformando em uma oportunidade. Depois de seis meses, Luis deixou seu emprego para se dedicar exclusivamente ao iCasei.
Atualmente, o site fatura R$ 4 milhões por ano. A principal forma de faturamento é a venda dos planos para o site. Os valores vão de R$ 49 a R$ 239.
O iCasei tem mais de 800 casais baianos com sites ativos. E mais de 3 mil casais da Bahia já criaram uma conta na página, desde a sua criação.
Um deles é Daiane Lopes e Tiago Alves, que vão se casar em janeiro de 2014. Daiane fez o site para compartilhar com os amigos todo o processo de planejamento da cerimônia e da festa.
No site, o casal recebe comentários e publica fotos para os convidados. "Eles podem conferir a história do casal. Também criamos enquetes sobre os ritmos que tocarão na festa", conta Daiane.
Entre os serviços do iCasei, estão a criação de listas de presentes, lista de fornecedores para ajudar na elaboração do casamento, confirmação de presença, além da página para depoimentos.
Outros serviços
O sucesso dos sites de casamento é mundial. Tanto que a empresa espanhola Zankyou, criada em 2008, está presente em 18 países. No Brasil, chegou em 2010. Brasileiros criam, em média, 12 mil páginas por ano no site.
Além das páginas dos noivos, a Zankyou oferece uma ferramenta para ajudar os noivos a escolher, desde as flores da decoração à equipe responsável pelo registro da festa.
Segundo  a responsável pela Zankyou no Brasil, Paula Albuquerque, para entrar na lista de fornecedores do site, os candidatos passam primeiro por uma seleção.
"O fornecedor tem que ser aprovado e passar por nossos critérios. Prezamos pela qualidade em primeiro lugar", afirma Paula. Após a seleção, os prestadores de serviço precisam pagar R$ 1,5 mil para permanecer nas listas.
Faturamento
Todos esses serviços são gratuitos. O faturamento do Zankyou é gerado, em parte, pelos serviços premium, itens que permitem personalizar a página, como domínio próprio, que custam de   R$ 9,90 a
R$ 74,90.
Foi  a possibilidade de personalização que levou o casal Mariana Lavigne e Cassio Lima a criar o site na Zankyou. O serviço foi oferecido pela equipe que irá filmar a cerimônia.
"Botamos fotos, escolhemos quais seriam os itens principais. Ainda tem o serviço de organizar as mesas de convidados", conta Mariana   Lavigne.