Giuliana Mancini
A TARDEPassado este período de novidade, Classiautos foi procurar saber não como andam as vendas, mas como estão as peças destes veículos. Afinal, comprar pode ser até mais fácil agora, mas e o conserto?
Uma pesquisa feita pelo Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) em 2006 constatou que 52% das colisões acontecem em baixa velocidade, sem nem mesmo o air bag ser acionado. Pensando neste cenário, Classiautos fez um orçamento junto com a oficina Retocar Vilas.
O Etios, considerado o patinho feio entre os três, acabou na frente dos rivais. Caso haja uma batida frontal, o serviço do modelo da Toyota sai por R$ 3.510, com a troca do para-choque dianteiro, paralamas direito e esquerdo, capô, viga dianteira e faróis. O Onix teve um custo de R$ 4.665,51. Já o HB20 foi o mais caro: R$ 4.782,19.
Em uma batida traseira, com a troca do para-choque, lanternas direita e esquerda, painel e tampa, o Etios sai por R$ 2.696, o Onix, por R$ 3.546,09, e o HB20, outra vez, tem o valor mais alto: o serviço sai por R$ 3.747,99.
Depois de feito um orçamento, vem o conserto de fato. Pois este, segundo Reginaldo Rossi, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia (Sindirepa-BA), pode dar uma dor de cabeça maior ainda. "As peças são um problema generalizado, pois sempre estão em falta. Isso deixa tanto o consumidor quanto as oficinas em uma posição complicada, pois sabemos que o cliente precisa do seu veículo, mas não conseguimos realizar o serviço rapidamente", explica o presidente do Sindirepa-Bahia.
Entre os hatchs levantados, Rossi cita o HB20, de novo, como o mais complicado. "Já sabemos que as vendas em São Paulo reduziram por falta de peças. Veja só: o carro da Hyundai estava com fila de espera. Pois você acha que a montadora vai preferir vender as peças ou utilizá-las para fabricar novos carros?". Segundo Rossi, apesar de o Etios não ter uma procura tão grande, a Toyota também demora na entrega. "A Chevrolet, apesar de não ser tão rápida, cumpre os prazos prometidos", relata.
Reparabilidade
Para ajudar os consumidores e as próprias montadoras, o Cesvi produz o Car Group, um índice de reparabilidade de veículos.
"Colidimos os carros a 15 km/h, com impactos frontais e traseiros, nas mesmas condições. Depois, levamos os carros para oficina, com uma pessoa para reparar e outra para analisar o trabalho. O resultado se dá com uma fórmula, que leva em conta a facilidade do conserto, o tempo e os custos das peças. Ela vai de 10, melhor nota, até 60, a pior", explicou Claudemir Rodrigues, coordenador de estudos técnicos e ensaios de impacto do Car Group.
No índice, o Etios saiu na frente, com nota 15, atrás apenas do Citroën C3 (14). O Onix está em 4º (17 pontos), juntamente com o Gol. O HB20 não consta no estudo, já que a Hyundai não forneceu o modelo para teste.
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