Felipe Gonçalves estuda na UFCG e ganhou competições em outros países.
Para os estudantes do Enem, ele aconselha: "nunca se limite".
Felipe
recebe o prêmio de segundo colocado na Olimpíada de Microeletrônica, em
Yerevan, na Armênia (Foto: Felipe Gonçalves/Arquivo Pessoal)
Às vésperas de completar 24 anos, Felipe Gonçalves de Assis, estudante
de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG),
traz em seu currículo diversos prêmios em olimpíadas de variadas áreas
do saber. Matemática, Astronomia, Química, Física, Biologia e
Programação são algumas delas. A última conquista foi no campo da
Microeletrônica, em um evento realizado na cidade de Yerevan, na
Armênia, onde conquistou o segundo lugar, no último dia 16.
Felipe posa ao lado da estátua de Sir Isaac Newton,
na Índia, em Olimpíada de Astronomia em 2006
(Foto: Felipe Gonçalves/Arquivo Pessoal)
O jovem, natural de Campina Grande,
afirma que nunca teve uma rotina de estudos diferenciada, mas que está
acostumado a estudar. Uma prova disso é que ele também é músico: seu
instrumento é o piano. Felipe conheceu as competições em 1999, quando
cursava a quarta série (hoje 5º ano). “O impulso a participar das provas
foi basicamente 'não tenho nada a perder, e talvez ganhe alguma coisa'.
Nunca fui cobrado pelos meus pais, e acho que sempre gostei de
desafios”, afirma.na Índia, em Olimpíada de Astronomia em 2006
(Foto: Felipe Gonçalves/Arquivo Pessoal)
Desde então, já competiu não só em cidades brasileiras, mas também na Colômbia, na Índia e na Hungria. Ele conta que a participação nesses eventos é, muitas vezes, bancada pelos próprios organizadores, além dos prêmios e certificados oferecidos, o que ajuda a incrementar não só o currículo, mas também a aumentar a competitividade.
“O mais comum é receber só certificado mesmo e, às vezes, medalha. Nas de matemática ganhei muitos livros. Os maiores ganhos materiais que tive foram as viagens para representar o Brasil no exterior, que foram sensacionais”, explica.
O jovem de 23 anos também é músico e se
apresentou em um recital de piano em 2008
(Foto: Felipe Gonçalves/Arquivo Pessoal)
Em vários desses locais, ele era o único representante da Paraíba,
do Nordeste ou até mesmo do Brasil. Ele acredita que, com essas
participações, pôde colocar Campina Grande e a UFCG no mapa dos
organizadores.apresentou em um recital de piano em 2008
(Foto: Felipe Gonçalves/Arquivo Pessoal)
Quanto a visitar esses locais através das competições, Felipe afirma que reserva tempo para um pouco de turismo. "Paguei por minhas noites extras para ter mais tempo de conhecer Yerevan. Achei que seria um desperdício ir do Brasil para a Armênia só para fazer uma prova!”, observa.
Agora, Felipe está estagiando em uma empresa de São Paulo, na cidade de Campinas, com a ajuda de um dos professores, coordenador de um projeto que ele participa. O estágio é uma disciplina obrigatória na grade curricular da graduação em Engenharia Elétrica da UFCG e a empresa onde ele agora estagia trabalha com o desenvolvimento de chips para carros, responsáveis, por exemplo, por controlar a injeção de combustível no motor.
Felipe conta que o seu foco agora está em se formar e conseguir um bom emprego como engenheiro, de preferência na área de Eletrônica Digital. Para os que estão prestando o Enem, ele manda um recado: “nunca se limite ao que for cobrado de você, busque construir seu próprio conhecimento, sempre questione. Então você certamente terá o que contribuir na sua atividade”, conclui
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