Espanhol que está na Baía da Traição diz que língua não é problema.
Sistema manual de fichas, ao invés de informatizado, é motivo de queixa.
No posto do Programa Saúde na Família (PSF) da comunidade do Morrinho, no município de Baia da Traição, no litoral paraibano, as atividades começaram nesta terça-feira (1º), após a chegada do médico espanhol Rafael Quinta Frutos. O profissional, que é especialista em cirurgia do aparelho digestivo, está atuando como clínico geral.
O médico cita que a maior dificuldade encontrada foi por conta do sistema que utiliza anotações em papel e prontuários familiares, sendo que onde trabalhava, na Espanha, o sistema era informatizado e os prontuários individuais. "Independente das condições e métodos de trabalho, o importante é prestar um atendimento de qualidade para os pacientes e isso é algo que só se adquire com a prática", completou o especialista.
A equipe da unidade de saúde do PSF aprovou a chegada do profissional e comenta que a troca de experiências será favorável para a população. "Com a presença do médico quatro dias por semana aqui na cidade, podemos dar início às visitas domiciliares e estender o horário de funcionamento do posto até as 17h, fazendo com que tenhamos um maior aproveitamento do posto e garantindo melhor atendimento para os pacientes", destacou o Secretário de Saúde de Baia da Traição, José Carlos Cosmo.
Segunda fase
Por conta da desistência de alguns médicos brasileiros, nove cidades paraibanas ficaram sem profissionais. Os municípios de Areia, Alagoinha, Cacimba de Dentro, Cajazeirinhas, Catingueira, Conde, Cubati, Ingá e Pocinhos estão aguardando a segunda fase do programa para poder receber os médicos.
De acordo com o edital do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os municípios interessados em expandir o quadro de médicos podem se inscrever, mas antes irão passar por uma avaliação do Ministério da Saúde. A prioridade é para as cidades com 20% ou mais da população vivendo em alta vulnerabilidade social, bem como os municípios com pelo menos 80 mil habitantes que apresentem os mais baixos níveis da receita pública per capita do país.
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