Candidatos em Goiás estão ansiosos por tema de redação do Enem

Provas de linguaguens e códigos e matemática acontecem neste domingo.
No 1º dia do exame, estudantes acharam as questões de química difíceis.

Fernanda Borges Do G1 GO

Estudantes lotaram as proximidades do prédio da PUC, em Goiânia (Foto: Fernanda Borges/G1)

Estudantes que estiveram presentes no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, neste sábado (26), em Goiânia, avaliaram que as provas aconteceram com tranquilidade. “Achei o exame razoável, mas as questões de química e física foram bem puxadas”, afirmou a estudante Graça Stanley Allen da Silva, 18 anos. Agora, segundo ela, a preocupação gira em torno do tema da redação, que será aplicada neste domingo (27), juntamente com as provas de linguagens e códigos, que engloba português e língua estrangeira (inglês ou espanhol) e de matemática.
“Me preparei muito, então sei que vou sair bem. Mas estou na expectativa pelo assunto que será abordado, pois, dependendo do tema, pode ficar difícil”, ressaltou a estudante, que pretende obter nota para entrar no curso de Agronomia, na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Gêmeas estão ansiosas pelo tema da
redação (Foto: Fernanda Borges/G1)

A irmã gêmea dela, Graicianne Allen da Silva, também disse estar ansiosa pela redação. “Essa é a terceira vez que presto o Enem e essa parte é sempre a que me assusta. Como achei as provas do primeiro dia mais difíceis do que as do ano passado, estou um pouco apreensiva com o que teremos amanhã [domingo]”, explicou a jovem, que quer estudar Direito, com objetivo de futuramente ingressar na Polícia Civil.
Já a consultora de vendas Lauren Carvalho, 18 anos, que quer estudar Comércio Exterior, não vê a hora de fazer a redação. “Essa é minha parte favorita, pois sempre tirei boas notas no colégio. Como esta é a primeira vez que faço o Enem, estou muito ansiosa para testar meu desempenho. Espero que o tema seja relacionado a algum acontecimento da atualidade”, afirmou.
No total, neste primeiro dia, os estudantes tiveram 4 horas e 30 minutos para responder 90 questões. Para a candidata Hyama Capel Lopez, 21 anos, as perguntas estavam muito longas e isso dificultou a compreensão de alguns temas. “Achei que tinha muito texto e foi cansativo. Mesmo assim consegui responder tudo, com exceção das questões de química, que estavam muito complicadas”, disse a jovem.

As proximidades do prédio da Pontifícia Universidade Católica (PUC Goiás), que foi um dos locais de provas na capital, ficaram lotadas de pessoas que aguardavam os estudantes. Uma delas era a bibliotecária Rivany Rocha Britto, 50 anos, que acompanhou a filha Isabel Rocha, 15. “Ela estudou muito, apesar de ainda estar prestando apenas para teste. Mesmo assim, vale a pena o sacrifício de esperar, pois ela já vai conseguir um termômetro para saber como estará quando for para valer”, afirmou a mãe.
Isabel permaneceu nas dependências da PUC até as 17h, quando pôde sair com o caderno de questões. “Não foi tão difícil quanto eu imaginava, até caíram muitas coisas que estudei no colégio. Mas fiz questão de sair com o caderno para poder estudar depois”, relatou a estudante, que lamentou não poder ir ao Festival Villa Mix, que acontece neste sábado (26) em Goiânia. “Minha mãe não deixou, se não eu iria fazer uma forçinha, mesmo tendo outras provas amanhã [domingo]”, disse.

Larissa Anunciação (à direita) vai curtir o Villa Mix
com as amigas (Foto: Fernanda Borges/G1)

Já a estudante Larissa Anunciação dos Reis, 16 anos, teve o apoio do pai, que comprou seu abadá, e vai curtir o evento sertanejo no estacionamento do Estádio Serra Dourada. “No domingo ainda tem prova, mas vou aproveitar o show com minhas amigas. Quando chegar em casa durmo e estarei preparada para a segunda etapa. Não acho que a noitada vá me atrapalhar”, ressaltou.
Quem comemorou a movimentação intensa de estudantes na portaria da PUC foi a ambulante Lindamar Teixeira, 55 anos, que vendeu cerca de 100 cachorros-quentes, cada um no valor de R$ 4. “As vendas foram boas e vamos permanecer até o último candidato ir embora. Depois, ainda vamos montar a barraca no entorno do Serra Dourada, para atrair o público do Villa Mix. Aí, no domingo, voltamos para o Enem. Será um fim de semana de muito trabalho, mas é disso que a gente precisa”, afirmou.

A ambulante Lindamar Ferreira comemorou as vendas: 'é o que a gente precisa' (Foto: Fernanda Borges/G1)