terça-feira, 1 de outubro de 2013

Banco determina abertura de agências e sindicato protesta


Bancários estão em greve desde 19 de setembro.
Houve tumulto na manhã desta terça-feira em Salvador.

Do G1 BA
Assme4bleia foi realizada na noite desta segunda, no ginásio dos bancários (Foto: Manoel Porto/ Sindicato dos Bancários)Assmebleia foi realizada na noite de segunda-feira,
no ginásio dos bancários (Foto: Manoel Porto/
Sindicato dos Bancários)
Um pequeno tumulto se formou na manhã desta terça-feira (1), em frente à agência do banco Bradesco, na região do Iguatemi, em Salvador. Segundo uma funcionária que prefere não se identificar, a diretoria da empresa determinou que quatro agências fossem abertas na capital baiana, mesmo com a greve da categoria. O sindicato, por sua vez, interveio para evitar a abertura do banco.
"Tivemos a informação de que deveríamos abrir a agência hoje e como se trata de empresa privada, fomos para cumprir a orientação da gestão, porque ninguém quer se expor e ameaçar seu emprego", disse a funcionária.
"Nós estamos lá, parados com carro de som, a fim de impedir o funcionamento da agência, porque temos direito de greve. Desde sexta-feira que o Bradesco está com uma liminar, mas ela não vale de nada sem uma ordem judicial que determine a retirada da estrutura. Querem colocar o banco para funcionar à força, mas tem que abrir de forma democrática", argumenta Dorival Santana, representante do Sindicato dos Bancários na Bahia.
Procurado pelo G1, o Bradesco emitiu nota dizendo que não vai comentar o assunto.
Greve
A greve começou no dia 19 de setembro na Bahia. Após nova assembleia, realizada na noite de segunda-feira (30), em Salvador, os bancários reafirmaram a greve da categoria na Bahia. Segundo Adelmo Andrade, diretor de Comunicação do sindicato, o encontro de pouco mais de uma hora intensificou a força do movimento. "A categoria segue em greve enquanto aguarda que a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] chame para a conversa", diz.
Na quinta-feira (26), os bancários também realizaram assembleia para avaliar o movimento grevista. No encontro foram discutidos organização e nível de mobilização da categoria. A paralisação está mantida por tempo indeterminado.
"Até o momento, não tem proposta por parte dos banqueiros e a gente tem denunciado isso. A intransigência é dos banqueiros. A greve é muito forte. As agências não têm segurança, a saúde atormenta a  nossa classe, por conta da pressão diária. A ganância fala mais alto", disse.
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
O que os bancos oferecem
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

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