sábado, 28 de setembro de 2013

Vereadora quer colocar pombos de Rio Branco em 'galpão'


'Os ovos que surgirem, devem ser destruídos', diz Roselane Alves.
Vereadora defende serviço de combate aos pombos da cidade.

Rayssa Natani Do G1 AC

Pombos Acre (Foto: Nathacha Albuquerque/G1)Pombos se aglomeram na praça da Revolução, em Rio
Branco (Foto: Nathacha Albuquerque/G1)
A vereadora Roselane Alves (PRP-AC) apresentou à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rio Branco uma indicação para a implantação de um serviço de combate aos pombos na cidade. Ela utilizou como argumentos os males e as doenças causadas pelas aves que se adaptam facilmente ao meio urbano.
Mesmo não tendo um projeto estruturado em mente, Roselane diz que a ideia inicial é que os animais sejam capturados pelo Centro de Zoonoses e encaminhados para uma espécie de viveiro.
"Pensei em um galpão. Uma área onde possam ser cuidados, afastados da cidade. Os ovos que surgirem, devem ser destruídos. O pombo é um grande causador de doenças. É um rato voador", afirma Roselane.
Uma das doenças mais graves provocadas por este animal é a Meningite [inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal]. A vereadora conta que recebeu reclamações de muitos eleitores sobre o animal. "Meus vizinhos e outras pessoas têm reclamado da grande quantidade. Desde então eu penso no que fazer com esses pombos", afirma.
Vereadora Roselane Jardim, Rio Branco Acre (Foto: Reprodução / Tv Acre)Vereadora de Rio Branco, Roselane Alves
(Foto: Reprodução / Tv Acre)
De acordo com o artigo 29, parágrafo 30 da Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, matar pombos é considerado crime, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão. "Se é proibido matar, então, é preciso achar uma forma de cuidar desses animais. Qualquer lugarzinho eles se enfiam", ressalta a vereadora.
Para o presidente da Câmara, vereador Roger Oliveira, todas a indicações apresentadas na Casa, assim como a de Roselane, são bem vindas. "São demandas do povo que nós vereadores apresentamos ao executivo", destaca. Porém, neste caso, é preciso fazer um estudo técnico para identificar o que é mais vantajoso. "Verificar com o Centro de Zoonoses como seria a logística. É preciso ver com a Secretaria de Meio Ambiente se o lado ambiental pesa mais", diz.

Local predileto
A Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, concentra muitos destes animais. As comidas dos quiosques são grandes atrativos para as aves. O comerciante Catarino Machado vende tacacá há 30 anos no local, desde quando ainda se chamava praça Plácido de Castro. "Percebi um aumento dos pombos de uns anos para cá. Se bobear, eles tiram a comida da mão do freguês", comenta.
Tacacá do Catarino Acre (Foto: Rayssa Natani/G1)Catarino é a favor de medida para reduzir número
de pombos (Foto: Rayssa Natani/G1)
Apesar de admitir que alimenta os pássaros, Machado é a favor de uma medida de contenção dos animais. "Às vezes eu acho bonito vê-los por aqui e até jogo pão para eles. Mas pelo bem dos clientes, com certeza gostaria de ver alguma medida que possa reduzir o número. Eles causam muitas doenças", diz.

No quiosque vizinho, Sheila Alcantra concorda. Ela vende churros há 25 anos e diz ter presenciado muitos situações constrangedoras e inusitadas. "Muitos clientes saem daqui aos gritos com medo dos pombos", conta. Sheila percebeu, inclusive, que eles afastam a clientela. "As pessoas vão embora com nojo e procuram outro lugar para comer mesmo".

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