domingo, 1 de setembro de 2013

Exército vai reforçar as ações de combate à dengue em Foz do Iguaçu


Soldados vão auxiliar agentes de saúde a partir de segunda-feira (2).
No dia 19, município decretou alerta para risco de epidemia da doença.

Do G1 PR, em Foz do Iguaçu

Soldados do Exército iniciaram o treinamento de combate a dengue na quinta-feira (29) (Foto: Reprodução / RPC TV)Soldados do Exército iniciaram o treinamento de combate a
dengue na quinta-feira (29) (Foto: Reprodução / RPC TV)
Soldados do Exército reforçarão as ações de combate à dengue em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Cerca de 50 militares do 34ª Batalhão de Infantaria Mecanizado e 15 viaturas darão apoio às equipes de agentes de saúde a partir de segunda-feira (2). Parte do efetivo se concentrará no Portal da Foz, uma das regiões com maior incidência de infestação do mosquito Aedes aegypti. Os militares iniciaram o treinamento para a atuação na quinta-feira (29) e estão sendo orientados por técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
No total, 340 agentes de saúde do município serão divididos em 13 regiões da cidade e cada setor terá a supervisão de três militares. A previsão é que sejam feitas de 120 a 810 visitas por dia, dependendo do número de agentes. Durante as visitas e às vistorias, os moradores serão orientados sobre como prevenir a doença e eliminar os criadouros do mosquito transmissor. O comitê de combate à dengue prevê que em duas semanas toda a cidade seja mapeada e os locais de risco identificados.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, de janeiro a agosto são 5.595 notificações e 2.932 casos de dengue confirmados, com duas mortes. A expectativa, diz a enfermeira Mara Cristina Ripoli Meira, é evitar que a doença fique fora de controle e uma nova epidemia atinja a cidade como em 2010, quando foram registrados 8.715 casos positivos. Outra preocupação é quanto ao vírus do tipo 4, que até então não havia sido registrado na região.
Notificação
No dia 19, o município recebeu uma notificação da 9ª Regional de Saúde por não cumprir o Código de Saúde do Paraná no enfrentamento da doença e decretou situação de alerta para uma possível epidemia. O relatório aponta número insuficiente de agentes de endemia, índice de cobertura de visitas aos domicílios abaixo dos 80% recomendados e a adoção de medidas não preconizadas pelo Programa Nacional de Combate à Dengue, como o uso indiscriminado de inseticidas. Em 2011, a prefeitura distribuiu 80 mil frascos de veneno e orientou a população a passá-lo em casa no mesmo horário durante uma semana.

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