sábado, 31 de agosto de 2013

Mais de mil pessoas protestam em Londres contra ataque à Síria


Obama disse ter decidido por ação militar, mas quer apoio do Congresso.
Primeiro-ministro britânico endossou decisão de presidente dos EUA.

Da France Presse

Manifestantes ocupam a Trafalgar Square, em Londres, durante protesto contra ação militar na Síria (Foto: Olivia Harris/Reuters)Protesto ocupa a Trafalgar Square, em Londres, contra ação militar na Síria (Foto: Olivia Harris/Reuters)
Mais de mil manifestantes contrários a ações militares na Síria protestaram neste sábado (31) em Londres, atendendo à convocação da organização "Stop the War" para celebrar o repúdio do Parlamento britânico a uma ação militar contra Damasco.
"Não deixem nunca que digam que as manifestações não servem para nada. A nossa funcionou", disse Lindsey German, encarregada do "Stop the War" ("Parem a Guerra", em inglês), sob aplausos dos manifestantes reunidos na Trafalgar Square, no centro da capital britânica.
Os militantes pacifistas agitavam bandeiras sírias e cartazes com dizeres como "Não ao ataque à Síria" e "Não toquem na Síria".
'Que vergonha'
Mulheres repetiam "Estados Unidos, que vergonha", com o rosto pintado nas cores da bandeira síria.
"É um dia de vitória para a opinião pública britânica, que se impôs sobre os que desejam a guerra", disse a à multidão o ex-deputado trabalhista Tony Benn.
"As armas químicas são armas horríveis, mas se pensamos nos milhares de pessoas que os soldados britânicos e americanos mataram no Afeganistão e no Iraque, compreendemos que não é certo que outra guerra resolverá o problema", avaliou.
"Queremos enviar um sinal aos Estados Unidos: milhões de pessoas no mundo se opõem a qualquer ação unilateral", disse o militante de direitos humanos, Peter Tatchell, à agência de notícias France Presse.
"Tínhamos informações falsas quando ocorreu a guerra no Iraque, de parte do [ex-secretário de Estado americano] Colin Powell, hoje é a mesma história com as armas químicas. Não sabemos se foram utilizadas pelas forças do governo sírio", disse o aposentado Edmond Furse.
Manifestantes saem às ruas em Londres contra possível conflito na Síria (Foto: Olivia Harris/Reuters)Manifestantes saem às ruas em Londres contra possível conflito na Síria (Foto: Olivia Harris/Reuters)
Primeiro-ministro
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse neste sábado (31) apoiar a posição de Barack Obama sobre a Síria, depois que o presidente dos Estados Unidos afirmou que iria buscar apoio do Congresso para uma ação militar, em resposta a um ataque com armas químicas em Damasco, na Síria, atribuído ao regime de Bashar al-Assad.
O plano de Cameron para um potencial ataque militar conjunto entre americanos e britânicos foi frustrado na noite de quinta-feira (29), quando o Parlamento votou contra um pedido do governo para autorizar tal medida.
Obama disse ter autorizado o uso da força militar contra a Síria por conta de um ataque químico ocorrido no país, em 21 de agosto, que teria matado 1.429 pessoas na periferia de Damasco, afirmam autoridades americanas.

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