Paula Janay Alves A TARDE
Do valor total das vendas eletrônicas na Bahia nesse período, 7,8% foi suspenso por suspeita ou confirmação de irregularidade. O levantamento é da ClearSale, empresa de gestão de riscos de fraudes no comércio eletrônico.
Segundo o diretor de inteligência da ClearSale, Rafael Lourenço, o criminoso utiliza um número de cartão de crédito obtido de forma ilegal e compra os produtos utilizando dados pessoais da vítima, mas informa o próprio endereço para a entrega dos produtos adquiridos.
Entre as mercadorias mais compradas estão notebooks e celulares. De acordo com Lourenço, os criminosos adquirem itens que sejam mais facilmente revendidos.
Fatura
Ao checar a sua fatura do cartão de crédito na internet, o consultor de recursos humanos Miguel Argôlo percebeu que havia uma compra no valor total de R$ 7 mil, feita em uma loja online. Imediatamente, fez o que todos devem fazer nesses casos: ligou para administradora do cartão de crédito e informou que a compra não foi feita por ele.
"Liguei para a operadora, registrei a minha reclamação e poucos dias depois o valor foi estornado", disse. Argolo sempre checa a sua fatura ao longo do mês, uma prática recomendada por especialistas em defesa do consumidor que identifica rapidamente esse tipo de fraude.
O coordenador de atendimento do Procon-BA, Iratan Villas Boas, afirma que nesses casos a loja tem a obrigação de reembolsar o consumidor, o que é feito através da administradora do cartão.
"O prazo para a restituição não é determinado por lei, mas os bancos fazem bons acordos com os consumidores para garantir boa visibilidade do serviço de cartões", afirma Villa Boas.
Como na maioria das vezes o criminosos obtêm os dados dos através de instalações em máquinas de cartões de crédito, o consumidor deve ficar atento ao fazer compras físicas. "É importante não perder o cartão de vista. É muito fácil obter o número de um cartão. Basta decorar ou tirar uma foto", diz Lourenço.
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