Pedais dão propulsão à embarcação construída com madeira.
Hervé Neukomm agora pretende lançar um livro e um documentário.
Viagem começou no Equador. Agora, Neukomm está em Macapá (Foto: Maiara Pires/G1)
O suíço Hervé Neukomm, de 35 anos, encerrou em Macapá (AP) a travessia
do rio Amazonas a bordo de um "bici-barco", um modelo de barco
improvisado, propulsionado a pedal, que ele chama de "Pura Vida". No
total, a viagem durou quatro anos. Foram 7,5 mil quilômetros percorridos
por mais de 26 rios da região, incluindo o Amazonas, calcula o
aventureiro. Antes disso, ele conta que percorreu quase 50 mil
quilômetros de bicicleta durante cinco anos saíndo da Suíça, passando
por países da África e América Latina até chegar ao rio Napo no Equador,
de onde começou sua viagem pela Amazônia.
Hervé Neukomm, 35 anos, está em Macapá quer
voltar para Tabatinga (Foto: Maiara Pires/G1)
"Depois que saí pedalando da Suíça, tive a ideia de construir um barco
de madeira e seguir viajando como ciclista aquático", conta Neukomm.
"Sempre gostei de conhecer outras culturas", justifica o suíço, que diz
ter largado seu emprego em uma instituição financeira para pedalar pelo
mundo.voltar para Tabatinga (Foto: Maiara Pires/G1)
Em Macapá desde quarta-feira (26), Neukomm diz que a construção do barco foi "apenas uma desculpa para usar uma forma limpa de locomoção" por suas próprias pernas para conhecer "os segredos ocultos dos rios amazônicos".
Agora, o aventureiro busca ajuda para seguir até Tabatinga, município amazonense fronteiriço com o Peru e a Colômbia, a 1.105 quilômetros de Manaus, onde mora atualmente. "Não tenho como levá-lo para Tabatinga. Não tenho dinheiro. Estou procurando uma solução", lamenta. O medo de assalto no rio Solimões também é um dos entraves para seguir viagem. "Por três vezes apontaram arma para a minha cabeça".
Mesmo não gostando da ideia de partir sem o seu "bici-barco", Neukomm procura uma maneira de "salvar o Pura Vida". Alguém que possa "dar-lhe uma segunda vida", diz. Ele ainda conta que construiu o barco com a ajuda de artesãos equatorianos com recursos naturais da floresta. "Mas, claro, sem prejudicá-la", ressalta.
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