domingo, 23 de junho de 2013

Protesto pacífico em Marataízes, ES, reúne 700 pessoas nas ruas


Participantes pintaram os rostos e levantaram cartazes de protesto.
Moradores caminharam cerca de 4 km da Praça da Barra até o Centro.

Aline Souza Do G1 ES
Protesto reuniu cerca de 700 pessoas em Marataízes (Foto: Reprodução / TV Gazeta Sul)Protesto reuniu cerca de 700 pessoas em
Marataízes (Foto: Reprodução / TV Gazeta Sul)
Cerca de 700 pessoas percorreram quatro quilômetros em uma manifestação pacífica no município de Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo, na tarde deste sábado (22). Participantes pintaram os rostos, levaram cartazes e cantaram o hino nacional durante a passeata. De acordo com o manifestantes, todas as reclamações de moradores serão reunidas e entregues ao poder público. A prefeitura ainda não se pronunciou sobre o ato.
Os manifestantes se concentraram na Praça da Barra e seguiram pelas ruas da cidade até o Centro. Pelo caminho, mais pessoas se reuniram ao movimento. “Queremos que o povo realmente viva com dignidade e paz, e que os governantes atentem para a realidade do país, que não tem mais condição de ficar parado. A população tem que se movimentar sim”, falou a pedagoga Maria da Conceição.
Quem precisou desviar o trânsito, entendeu que era por uma boa causa. “A manifestação foi boa, não teve bagunça. Mas o que eu acho que deve ser feito é o povo correr atrás mesmo das mudança e da resolução dos problemas do país”, falou o motorista Roberto Moraes.
Uma faixa pendurada na frente da prefeitura apoia a manifestação, mas os moradores vaiaram a atitude durante a passeata. Na Câmara de Vereadores houve mais vaias. “Hoje é a quebra do silêncio, vamos fazer barulho, mostrar que o povo de Marataízes acordou. Não vamos mais assistir quietos tudo o que está acontecendo”, disse um dos organizadores, Cleverson Maia.
Nos cartazes e faixas, os moradores pediram por mias salva-vidas nas praias e relembraram o caso do menino Kevin, que desapareceu no mar no início do mês e foi encontrado morto. Temas como saúde, educação e a PEC 37 também foram lembrados e levados para as ruas.
“O Ministério Público não pode perder o poder investigativo, se só a polícia controlar as investigações, os políticos vão removê-los, fazendo com que não haja justiça”, opinou o estudante Rafael Gualandi.
Durante toda a passeata não houve conflitos, segundo os manifestantes. “Percebemos que o Brasil acordou. Em todas as manifestações percebemos uma maioria jovem e é com essa geração que a gente vai mudar a cara do país, principalmente no caso da educação”, explicou o professor Fábio Xavier.
Manifestantes pediram mais segurança nas praias e lembraram caso do menino Kevin, que morreu afogado (Foto: Reprodução / TV Gazeta Sul)Manifestantes pediram mais segurança nas praias e lembraram caso do menino Kevin, que morreu afogado (Foto: Reprodução / TV Gazeta Sul)

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