Agência France Presse
"Em 01/07/2013 o Brasil vai parar", diz um aviso publicado em uma página de Facebook, principal canal para a convocação das manifestações. O movimento Passe Livre de São Paulo, que deu início às manifestações, anunciou em sua página "grandes ações" para a próxima semana na periferia da metrópole.
Após as manifestações históricas de quinta-feira, 20, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o país, o movimento se espalhou para cidades menores. A tendência são protestos focados em um tema de cada vez ao longo dos próximos dias, anunciaram as redes sociais, em antecipação a greve geral.
O movimento de protesto por melhores serviços públicos e contra a corrupção, apoiado por três quartos da população brasileira, perdeu um pouco de sua intensidade ao longo deste fim de semana, mas promete voltar com força e lança a ideia de uma greve geral em 1º de julho.
A maior manifestação de sábado, 22, ocorreu em Belo Horizonte, onde 70 mil pessoas se reuniram nas proximidades do estádio do Mineirão durante a partida entre Japão e México. 15 pessoas ficaram feridas, incluindo cinco policiais, quando os manifestantes tentaram forçar o perímetro de segurança do estádio. Segundo a polícia, 22 pessoas foram detidas por vandalismo.
SÁB, 22/06/2013 às 19:56
Novas imagens dos conflitos entre manifestantes e polícia
Apoio popular
Cerca de 75% dos brasileiros apoiam este movimento histórico de contestação, de acordo com a primeira pesquisa publicada no sábado sobre a crise no Brasil. O preço e a má qualidade dos transportes públicos superou as razões de insatisfação da população (77%), seguido pela classe política (47%) e corrupção (33%). Mas o coração dos brasileiros balança entre essas críticas e o amor pelo futebol. Entre os entrevistados, 67% aprovam a organização da Copa do Mundo.
A onda de manifestações no Brasil chegou a Hollywood: o ator americano Brad Pitt adiou sua visita ao Rio de Janeiro para promover seu novo filme "World War Z".
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