Depredação aconteceu depois que terminal foi fechado por motoristas.
Cinegrafista da TV Globo foi atingido por pedra e precisou de atendimento.
Ônibus é incendiado por manifestantes, na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Reprodução/TV Globo)
Usuários do transporte público do Distrito Federal atiraram pedras e paus e atearam fogo em ônibus estacionados na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília,
no início da noite desta segunda-feira (24). Os manifestantes também
depredaram objetos e equipamentos do terminal. O ato aconteceu depois
que cerca de 600 motoristas fizeram um bloqueio na rodoviária. Os
trabalhadores temem perder os empregos com as mudanças no sistema de
transporte público no DF.
Policiais
militares chegam à Rodoviária do Plano Piloto após um grupo de
manifestantes atear fogo e depredar ônibus (Foto: Isabella Formiga/G1)
O bloqueio teve início por volta das 15h. A depredação começou às 19h.
Manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, que chegou a
jogar bombas de gás lacrimogêneo. Participantes do protestam tentaram
invadir as lojas que foram fechadas. Pelo menos duas pessoas foram
presas, segundo a PM, por vandalismo.Os manifestantes chegaram a tentar virar um dos ônibus. Eles quebraram diversos vidros dos veículos. O cinegrafista da TV Globo Paulo Ozanan foi atingido por uma pedra e precisou de atendimento médico. Ele foi levado inconsciente para o Hospital de Base de Brasília, onde passou por exames.
O governo informou que a maior parte dos motoristas será recontratada pelas novas empresas. “Eu tenho uma convicção muito grande que quase todo contingente será reaproveitado”, disse o vice-governador, Tadeu Filipelli.
A manifestação acontece quatro dias antes de entrarem em operação os 50 primeiros ônibus das empresas que venceram a licitação do transporte público no DF. No meio da tarde, alguns motoristas disseram que só iriam liberar a rodoviária se o governo abrisse negociação.
Ônibus bloqueiam passagem na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)
A paralisação começou às 15h. Cerca de 8 mil rodoviários trabalham para
os grupos Amaral, Canhedo e Riacho Grande, que não vão mais operar no
transporte do DF. Os motoristas também pedem transparência na licitação
do transporte e regulamentação da profissão de rodoviário.
Deficientes visuais na rodoviária do Plano Piloto,
em Brasília, esperam fim de tumulto para poder
voltar para casa (Foto: Isabella Formiga/G1)
Com a interdição, a volta para casa está complicada no terminal. As
linhas de metrôs estavam mais lotadas que o habitual. Moradores de
regiões como Planaltina e Sobradinho, onde o Metrô-DF não opera, estavam
sem opção de transporte público para voltar pra casa.em Brasília, esperam fim de tumulto para poder
voltar para casa (Foto: Isabella Formiga/G1)
Vera Regina Pereira, de Samambaia, é deficiente visual. Ela e outros dois amigos, também deficientes visuais, disseram que temiam por não conseguir retornar para casa. "Nao sabemos como vamos chegar a nossa casa em samambaia Sul. Estamos muito assustados", disse Vera.
Os ônibus voltaram a operar por volta das 19h40. A Polícia Militar permanecia no local, para evitar novos protestos violentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário