Estudantes percorreram as ruas de Cruzeiro do Sul.
Jovens pedem mais investimentos do poder público no combate ao tráfico.
Estudantes chamam atenção para prejuízos causados pelas drogas (Foto: Genival Moura/G1)
Alunos do curso de aconselhador de dependentes químicos, oferecido pelo
Instituto Federal do Acre (Ifac) por meio do Pronatec, do Governo
Federal, realizaram uma caminhada pelas ruas de Cruzeiro do Sul nesta sexta-feira (28).Sensibilizados com a juventude, que vem se tornando o principal alvo das drogas, os estudantes resolveram chamar a atenção da sociedade para o problema que tem tirado a liberdade e a vida de muitos jovens acreanos.
Há vinte anos trabalhando com a recuperação de dependentes químicos, ele explica que 80% da violência urbana no país é em consequência do uso e abuso de drogas. “O Brasil tem mais de sete milhões de pessoas com a vida interrompida por conta das drogas, sendo que 46% já são usuários de bebida alcoólica”, explicou.
Para o professor Pedro Gonçalves, as autoridades precisam olhar com mais carinho para juventude. “Sabemos que é preciso combater as drogas, mas o estado precisa também ajudar a recuperar os jovens que foram roubados pelos traficantes e pela bebida alcoólica”, disse o docente.
A manifestação, segundo Pedro Gonçalves, é para chamar atenção da sociedade que também precisa se manifestar contra esse problema. “Queremos chamar a atenção da sociedade e das famílias para juntos dizermos não às drogas e a todos aqueles que patrocinam essas substâncias alucinógenas”, protestou.
O professor disse ainda que os jovens precisam de mais incentivo do estado e das famílias com a educação e o esporte, para que possa ter oportunidade de trilhar outros caminhos.
O estudante Edmundo Lima de Moura considerou como importante o movimento, destacando que Cruzeiro do Sul faz parte da faixa de fronteira com o Peru e muitos jovens que não tem formação escolar estão sendo vítimas dos traficantes.
“Não podemos continuar perdendo nossos jovens para as drogas. O governo precisa agir com mais força, tanto na repressão, quanto na prevenção”, disse o estudante.
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