Menino de 2 anos e meio teria atravessado duas ruas sem supervisão.
Rapaz que trabalha perto da casa da família foi guiado pelo garoto.
A jornalista Marcela Gabino, mãe do menino, acredita que assim que saiu do berçário, a criança caminhou pela calçada e, quando chegou na esquina, dobrou na rua que leva à casa da família. Porém, antes de ser encontrado, o garoto teria atravessado pelo menos duas ruas sem supervisão.
“Ele ficou sujeito a muitas coisas. A ser atropelado, a ser sequestrado, a tudo de ruim, ele ficou exposto”, lamentou a mãe. “O susto foi muito grande. Eu não consigo imaginar. Eu estava dizendo a minha irmã: eu não tenho uma estrutura de perder um filho. A tarde que eu passei mal, imaginando no que aconteceu, e a noite, eu não tenho estrutura”.
A diretora do berçário disse que, até agora, não sabe como a criança conseguiu sair do local. Ainda segundo ela, o portão da frente sempre fica fechado e, pela altura da maçaneta, a criança não teria como abrir sozinha. No dia em que o menino fugiu, oito pessoas trabalhavam no berçário, que tem aproximadamente 30 crianças matriculadas, de acordo com a direção.
O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Infância e a Juventude. “Orientei a mãe da criança a procurar a curadoria da educação porque existe. O Ministério Público tem que fazer uma inspeção nesses berçários para ver o funcionamento, se está legalmente dentro dos padrões de segurança. Não posso negar que houve uma negligência, mas eu não posso adiantar nada agora porque não ouvi as duas partes ainda”, declarou a delegada Joana Darc.
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