Luan Santos A TARDE
A operação, que em Salvador é coordenada pela Marinha, será responsável por ações como controle de área marítima e aérea, fiscalização de explosivos e ações de contraterrorismo. Nas outras cinco sedes da Copa das Confederações, as atividades serão coordenadas pelo Exército.
As ações de defesa serão iniciadas amanhã, quando as tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica, assim como os equipamentos, começam a chegar à capital baiana. As atividades devem ocorrer até o dia 30 de junho e ser intensificadas nos dias de jogos.
Os portos de Salvador e Aratu e o Aeroporto Internacional de Salvador são os outros três pontos considerados estratégicos.
O vice-almirante da Marinha Antônio Fernando Monteiro Dias, coordenador da defesa de área da Copa das Confederações em Salvador, explica que estas estruturas são consideradas estratégicas por serem fundamentais para a fluidez do evento.
Segundo ele, o não funcionamento delas pode comprometer a continuidade da competição, principalmente nos dias de jogo.
"Estudamos estas estruturas junto com as companhias de água e energia. Estamos vigiando e protegendo estes locais, pois se houver algum ato de sabotagem, terrorismo ou vandalismo, pode comprometer os jogos e, consequentemente, manchar o nome do Brasil perante o mundo", diz Monteiro Dias.
Para cumprir o plano de defesa, as Forças Armadas devem utilizar equipamentos de guerra da segurança nacional. No total, 3.265 homens serão responsáveis pelas ações. Dentre eles, 1.445 são da Marinha, 1.443 do Exército e 377 da Força Aérea.
O planejamento conta ainda com um efetivo de 2.135 homens que formam a Força Contingencial. Este grupo fica em estado de alerta para entrar em atividade caso alguma ação saia do controle ou aconteça de maneira inesperada, como um ataque terrorista ou um bombardeio.
"Se juntarmos as ações de defesa com as de segurança pública, formaremos o quebra-cabeça da segurança nacional. As metas destes dois grupos se complementam para que possamos mostrar ao mundo que podemos realizar um grande evento", afirma o vice-almirante.
A ações de segurança pública, como policiamento no estádio e no entorno, ficarão a cargo das polícias Civil, Militar e Federal e da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Arsenal - O uso de quatro tanques de guerra do Exército compõem o plano de defesa para a Copa das Confederações. Por parte da Marinha, serão destinados quatro helicópteros, dez lanchas e dez navios que serão responsáveis pelo controle de área marítima.
Entre as embarcações, destaque para a Fragata Liberal, que é equipada com canhão, lançadores de mísseis e radar de vigilância. O navio participou, no início deste ano, de uma operação das Nações Unidas no Líbano.
A operação na capital baiana conta ainda com sete aviões da Aeronáutica, sendo dois Mirage 2.000, dois Super Tucanos, dois Black Hawk e um avião de alerta (confira mais informações sobre os aviões, navios e tanques na infografia da galeria).
Segundo explica Monteiro Dias, as tropas do Exército ficarão aquarteladas até que aconteça algo que necessite a presença de soldados, como um ato terrorista contra a Arena Fonte Nova durante os jogos ou um ato de vandalismo contra uma das estruturas estratégicas.
As tropas da Aeronáutica ficarão concentradas no aeroporto e serão responsáveis pela proteção do espaço aéreo e espacial de Salvador, além do próprio terminal aeroportuário, considerado uma das 15 estruturas estratégicas.
Patrulhamento - O controle e defesa da área marítima ficará a cargo da Marinha. Dez lanchas da Capitania dos Portos serão posicionadas na Baía de Todos-os-Santos, no intuito de realizar patrulhas e identificar, entre outras ameaças, embarcações suspeitas.
Os navios da Marinha ficarão posicionados entre o Farol da Barra e a Praia do Flamengo e na Baía de Todos-os-Santos e poderão ser vistos pela população.
Além disso, o planejamento conta com uma equipe especializada em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), preparada para entrar em ação caso aconteça, por exemplo, um bombardeio ou ataque nuclear.
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