Chega! Vamos fugir daqui! Deixemos o Brasil para os Peles-Vermelhas da Funai, os Peles-Verdes da Marina e os padres de tacape. Que as vastas solidões se inundem de sapos e pererecas coaxando eternidade afora!
Reportagem
publicada no Estadão deste sábado sobre o conflito entre índios e
forças policiais no Mato Grosso do Sul dá conta do surrealismo legal,
político e até moral em que se encontra a questão. Não! Não há nada de
errado com a reportagem de Daiene Cardoso e João Naves de Oliveira. Está
tudo tecnicamente no lugar. O que está desarrumado é o Brasil.
Reproduzo e comento alguns trechos. Acompanhem.
Muito bem!
Agora que há um morto, a presidente Dilma Rousseff decidiu convocar uma
reunião de emergência. Sábia decisão. Os cadáveres, no Brasil, têm o
dom de apressar as autoridades. Desde que foi vaiada numa solenidade no
Mato Grosso do Sul, a presidente percebeu que algo não ia bem por ali. E
convocou a ministra Gleisi Hoffmann para pensar uma alternativa. Ela
fez o seu trabalho e concluiu o óbvio. A Funai, sozinha, não tem como
cuidar da questão indígena. O problema de Mato Grosso do Sul é, aliás,
uma criação do órgão, subordinado ao Ministério da Justiça. Em 2010, com
o poder olímpico que lhe é conferido, a Funai decidiu ampliar a área
considerada reserva indígena. E terras que não viam um penacho há mais
de século passaram a ser revindicadas por índios de calça jeans e
cocares comprados em camelôs, já que a maioria não caça nem pesca há
muitas décadas.
Releiam o
trecho. Com orientação do Planalto, informa-se, a Funai decidiu
lastimar o decisão judicial, que garantiu a reintegração de posse. Vai
ver a Justiça fez isso porque, segundo a lei em vigor, a fazenda Buriti
tem dono. A Funai resolveu declarar a terra área indígena, mas, por
enquanto, a lei diz que ela pertence à família Bacha, que está lá há
quase… NOVENTA ANOS!
Atenção!
Tão logo a Funai e os padres de tacape do Cimi (Conselho Indigenista
Missionário) perceberam que a mamata poderia acabar e que outros setores
do governo passariam a acompanhar a questão, as invasões começaram a se
acelerar, num claro trabalho de sabotagem. É bom lembrar que um dos
responsáveis por incentivar a guerra de índios contra proprietários é
Paulo Maldos, assessor de Gilberto Carvalho e ex-marido da atual
presidente da Funai. Esse tal é o encarregado do “diálogo” com
movimentos sociais. Há quem já o tenha ouvido dizer que não descansa
enquanto as reservas indígenas não ocuparem pelo menos 25% do território
brasileiro. Hoje, pouco mais de 300 mil índios já se adonam de 13% do
Brasil. Em 27,7%, estepaiz, como diria aquele, produz a carne e os
alimentos que engordam os nossos pobres e salvam o país da bancarrota.
Agora leiam isto.
É mesmo o
fim do mundo. Notem como o legal e o ilegal se estreitam num abraço
insano, e parece já não haver mais a diferença entre uma coisa e outra.
Então os índios querem saber se a bala pertence à polícia ou a um dos
seus, numa admissão clara, que já não é mais nem tácita, de que estavam
armados mesmo e de que atiraram. Ou por outra: eles decidiram invadir
uma área que a Justiça diz que ainda não lhes pertence de trabuco na
mão. Muito bem! Digamos que a bala pertença à Polícia Federal ou à
Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. E daí? Que se faça a devida
apuração, mas o fato é as duas integram o sistema de segurança que tem o
direito legal ao uso da força. E se a bala tiver partido da arma de
algum índio? Aí acontece o quê? Nada! Sigamos, que os absurdos vão se
adensar.
Há um monte de coisas sendo informado
acima, embora vocês são estejam lendo. Então desentranho o que ali vai.
De saída, pode-se dizer que, evidentemente, empregou-se um número de
homens insuficiente para cumprir a ordem judicial. Como se nota, o
confronto produziu um morto, mas a ação foi ineficaz. Os índios
desocuparam a área e a reocuparam em seguida, numa tática que o MST
costuma usar, embora prefira, no mais das vezes, evitar o choque armado.
Invade, vem a decisão judicial, eles saem, mas voltam — e aí é preciso
haver uma nova ordem de reintegração de posse.
Atenção! Os índios não foram desarmados, nem os que participaram do conflito nem os que não participaram. Isso quer dizer que se estabelece, assim, um novo limiar para os conflitos nessa natureza: passarão a ser exercidos a bala mesmo. Coletes dos policiais foram atingidos por tiros. Não fosse a proteção especial, poderia ter morrido mais gente.
Cardozo, o Garboso, a cuja pasta está subordinada a Funai, participou da reunião. Também a Polícia Federal é sua subordinada. E é ele quem decide quando é necessário o uso da Força Nacional de Segurança, que pode oferecer ao governo do estado. A questão indígena é de competência federal, e o ministro não precisaria nem mesmo da concordância do governador para apelar a esse recurso.
Associo o ministro, pela pose, àqueles cavalos de parada de solenidades cívicas — que não servem para corrida, tração, montaria, nada mesmo; só desfile. Apareceu no Jornal Nacional, mas para falar sobre a segurança do Maracanã, a Copa das Confederações, esses assuntos mais alegres. Os proprietários rurais, que estão sendo esbulhados, e índios, que estão sendo manipulados por lideranças suspeitas, de cara pálida ou não, que se danem! Por enquanto, só a ministra Gleisi Hoffmann parece ter percebido o tamanho do problema. Tentou atuar. Isto afirmo eu: foi sabotada pela Funai, pela Secretaria-Geral da Presidência (por intermédio de Paulo Maldos, homem de Gilberto Carvalho) e, como sempre, pelos padres de tacape, que substituíram o Cristo na Cruz pelo trovão. No momento, está em curso uma luta armada no país!
Como a lei não se cumpre mesmo e como a Funai e os padres pintados de urucum fazem o que bem entendem, então resta invadir outras fazendas, criando as situações de fato. Atenção! O Brasil é um dos poucos países do mundo em que uma invasão ilegal de propriedade não pode ser resolvida pela força policial. Por aqui, é necessário que a Justiça determine a reintegração de posse. Os ditos “progressistas” acham pouco. Eles querem que, antes dessa decisão do juiz, haja ainda uma outra instância de negociação, que reúna representantes dos invasores e dos invadidos, que então se igualariam, ambos como partes legítimas da contenda. É… No país em que o uso legítimo e o ilegítimo de armas letais se misturam, faz sentido não distinguir proprietário de invasor, certo?
Atenção! Os índios não foram desarmados, nem os que participaram do conflito nem os que não participaram. Isso quer dizer que se estabelece, assim, um novo limiar para os conflitos nessa natureza: passarão a ser exercidos a bala mesmo. Coletes dos policiais foram atingidos por tiros. Não fosse a proteção especial, poderia ter morrido mais gente.
Cardozo, o Garboso, a cuja pasta está subordinada a Funai, participou da reunião. Também a Polícia Federal é sua subordinada. E é ele quem decide quando é necessário o uso da Força Nacional de Segurança, que pode oferecer ao governo do estado. A questão indígena é de competência federal, e o ministro não precisaria nem mesmo da concordância do governador para apelar a esse recurso.
Associo o ministro, pela pose, àqueles cavalos de parada de solenidades cívicas — que não servem para corrida, tração, montaria, nada mesmo; só desfile. Apareceu no Jornal Nacional, mas para falar sobre a segurança do Maracanã, a Copa das Confederações, esses assuntos mais alegres. Os proprietários rurais, que estão sendo esbulhados, e índios, que estão sendo manipulados por lideranças suspeitas, de cara pálida ou não, que se danem! Por enquanto, só a ministra Gleisi Hoffmann parece ter percebido o tamanho do problema. Tentou atuar. Isto afirmo eu: foi sabotada pela Funai, pela Secretaria-Geral da Presidência (por intermédio de Paulo Maldos, homem de Gilberto Carvalho) e, como sempre, pelos padres de tacape, que substituíram o Cristo na Cruz pelo trovão. No momento, está em curso uma luta armada no país!
Como a lei não se cumpre mesmo e como a Funai e os padres pintados de urucum fazem o que bem entendem, então resta invadir outras fazendas, criando as situações de fato. Atenção! O Brasil é um dos poucos países do mundo em que uma invasão ilegal de propriedade não pode ser resolvida pela força policial. Por aqui, é necessário que a Justiça determine a reintegração de posse. Os ditos “progressistas” acham pouco. Eles querem que, antes dessa decisão do juiz, haja ainda uma outra instância de negociação, que reúna representantes dos invasores e dos invadidos, que então se igualariam, ambos como partes legítimas da contenda. É… No país em que o uso legítimo e o ilegítimo de armas letais se misturam, faz sentido não distinguir proprietário de invasor, certo?
Em outro texto do Estadão, de Roldão
Arruda, desta feita francamente favorável aos índios e hostil aos
proprietários rurais, postos no mesmo saco de gatos de madeireiros e
posseiros e tratados como sabotadores do nobre trabalho da Funai,
informa-se que há 359 territórios indígenas completamente definidos e
que 45 outros já foram homologados pela Presidência. O conflito de
Sidrolândia pertence a um outro grupo de 212 territórios onde as
demarcações estão sendo discutidas. Para por aí? Não! Há mais 339
pedidos de demarcação. Vejm bem, leitor amigo: aquelas 359 áreas já
resolvidas correspondem a 13% do território brasileiro. Caso se façam
todas as vontades, a elas se acrescentariam, por enquanto, outras…
596!!! Depois falta resolver o problema dos quilombolas…
As
reivindicações todas, claro!, miram terras produtivas. Relembro um
número que já dei aqui: descontadas as áreas de preservação permanente —
sim, também será preciso contemplar a fúria demarcatória dos
ambientalistas —, toda a pecuária e toda a agricultura brasileira são
produzidas em 27,5% do território brasileiro — pouco mais do dobro do
que se destina hoje às reservas indígenas, onde não se produz um pé de
mandioca. Quem frequenta praias do Litoral Norte, em São Paulo, passa à
beira de uma reserva indígena, às margens da rodovia Rio-Santos. Os
guerreiros estão com suas barraquinhas armadas à beira da estrada,
vendendo palmito, ilegalmente extraído, e bromélias… É o que a Funai
entende por preservação dos povos tradicionais…
Vamos
fechar Banânia! Os brancos voltamos para a Europa; os amarelos, para a
Ásia, os negros, para a África. Os mestiços podem tentar negociar —
talvez servir de mão de obra escrava aos “racialmente puros”, sei lá…
Vamos devolver ao Brasil aos índios, deixando as vastas solidões para
menos de um milhão de pessoas e para os sapos, as pererecas e os bagres
da Marina Silva. A propósito: por que os ambientalistas fazem questão de
ignorar a óbvia degradação do meio ambiente nas reservas indígenas? Já
sei: ambientalista bom é aquele que briga com o agronegócio — ou não
aparece nenhuma ONG estrangeira, geralmente ligada a produtores rurais
americanos ou europeus, para financiá-los, né? Como, em regra, os índios
não produzem nada e não precisam competir com ninguém — vivem de cesta
básica, Bolsa Família e extração ilegal de madeira e minérios —, por que
mexer com eles?
Chega de
Banânia! Vamos embora deste lugar, gente! Não é que não haja por aqui um
povo empreendedor. Mas é chato esse negócio de tentar produzir comida
tendo de enfrentar os peles-verdes, os peles-vermelhas e os caras de
pau.
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