quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pesquisadores da AM se mobilizam para preservar o macaco sauim


Espécie encontrada no Amazonas é ameaçada pelo desmatamento.
Dócil, ele se aproxima do homem em busca de alimento.

Do Globo Rural

Na reserva Adolpho Ducke, em uma área de 10 mil hectares de floresta, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia faz um senso populacional de macacos, inclusive o sauim de coleira.
Doutor Wilson Spironello é pesquisador e realiza o trabalho desde 2005.
O sauim de coleira é uma espécie da região de Manaus, por isso, também é chamado de sauim de Manaus.
Apesar de muitos morarem dentro da cidade está cada vez mais difícil avistá-los. Eles correm sérios riscos e o principal é o desmatamento. Segundo as pesquisas, para os macaquinhos viverem de forma confortável em liberdade, os habitats precisam ter entre 25 e 100 hectares, mas os fragmentos estão cada vez menores.
O desmatamento diminui também as opções de alimento e aí eles enfrentam o perigo do contato com o humano para comer. Na zona norte de Manaus, a casa de Boaventura Avelino, vez ou outra é visitada por um bando de sauins. A sorte é que o microempresário se preocupa com a preservação da espécie.
Na casa dele é possível ver um quintal de natureza rica e depois de três dias tentando, os pequenos primatas aparecem e mostram coragem.
A estimativa é que mais de 600 macacos sauins vivam na reserva e a necessidade de se aproximar das pessoas para comer, os torna presas fáceis na cidade. Desde a década de 80, sauins são resgatados e sem condições de voltar à vida em liberdade são enviados à colônias de cativeiro no Brasil e no exterior.
Um casal de sauins foi resgatado por órgãos ambientais diferentes, pois viviam como animais de estimação. Há dois meses, eles estão mantidos em uma colônia de cativeiro que está iniciando em Manaus.
Manter a espécie em cativeiro pode ser a garantia da não-extinção, mas para os pesquisadores não é o ideal para o animal silvestre, que só quer mesmo a liberdade.

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