sexta-feira, 31 de maio de 2013

Apesar de atuação do BC, dólar fecha no maior valor desde maio de 2009


Moeda norte-americana subiu 1,36% e fechou a R$ 2,1424.
BC voltou a intervir no mercado pela 1ª vez desde o final de março.

Do G1, em São Paulo
O dólar fechou nesta sexta-feira (31) em alta, pelo 5º pregão consecutivo, na maior cotação em mais de quatro anos, apesar de o Banco Central ter voltado a intervir no mercado pela primeira vez desde o final de março.
A moeda norte-americana fechou o último pregão do mês com avanço de 1,36%, para R$ 2,1424 na venda, nível não visto desde 5 de maio de 2009, quando fechou a R$ 2,149 diante da profunda crise financeira que assolava o mundo naquele momento.
O dólar encerrou o mês com valorização de 7,04%. Foi a maior alta mensal desde setembro de 2011, quando o ganho ficou em 18,15%. No acumulado do ano até maio, a moeda acumula alta de 4,78%.
Após o BC ter anunciado,  no início da tarde, um leilão de swap cambial tradicional - equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro -, a moeda chegou a desacelerar para R$ 1,1189 na venda, mas em seguida voltou a ganhar força.

Segundo analistas, a ação do BC visou frear o movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax, mas que ainda é cedo para entender qual seria eventual novo teto para a divisa norte-americana.
"Ainda é cedo para estabelecer em qual nível o BC quer o dólar... Mas já sinaliza que não vai deixar o dólar rolar muito mais do que isso", afirmou à Reuters o operador da Intercam Corretora Glauber Romano.
O Banco Central vendeu 17.600 contratos, da oferta de 30 mil, que somaram US$ 876,7 milhões respondendo por 59% do volume ofertado. A última vez que a autoridade monetária interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano, quando o dólar se aproximava de R$ 2,03 no intradia.
Os mercados mundiais estão reagindo à possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduzir em breve seu estímulo monetário diante dos sinais de recuperação da maior economia do mundo. Caso tomada, essa decisão limitaria a oferta de dólares nos mercados mundiais, pressionando para cima as cotações da divisa dos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira, essa avaliação ganhou força com a divulgação de que a confiança do consumidor norte-americano chegou ao maior nível em quase 6 anos.
A alta da moeda veio também com a briga pela formação da Ptax de maio, cujo fechamento foi por volta das 13h, e com a valorização da divisa no exterior, ofuscando a alta da Selic a 8%, que tende a elevar a atratividade do país para investidores estrangeiros.

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