Agricultores reclamam da atuação da Funai.
Eles também pedem o fim da demarcação de terras indígenas no estado.
Cerca de duas mil pessoas se reuniram para protestar contra a demarcação de terras indígenas no estado.
Os produtores rurais pediram a abertura de uma CPI para investigar as ações da Funai. Os fazendeiros alegam prejuízos por causa do clima de tensão no campo. “Meu pai, de pecuarista passou a arrendatário. Ele arrenda propriedades porque nós perdemos tudo o que tínhamos”, diz a pecuarista Luana Silva.
O pecuarista Evaldo Escobar tem uma fazenda em Paranhos, que foi invadida por índios há três anos. “Estamos saindo praticamente da fazenda onde os índios estão e é impossível a convivência”, diz.
A disputa de terras entre índios e produtores rurais se arrasta há anos. O conflito tem resultado em mortes no campo.
Apesar dos protestos, a presidente não falou sobre a demarcação de terras durante o discurso. Para acalmar os ânimos, Dilma Rousseff defendeu a liberdade de manifestação.
“Tem gente que acha que democracia é ausência de uns querendo uma coisa e outros, outra. Não é não. Democracia é o fato de que há diferenças e que a gente convive com elas, procura um ponto de equilíbrio e resolve as coisas ou busca um consenso, sempre tendo o diálogo”, disse Dilma Rousseff.
A Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul entregou à presidente um documento com as reclamações dos produtores.
O Globo Rural procurou a Funai para falar sobre a proposta de criação de uma CPI sobre a atuação da fundação, mas ninguém quis se pronunciar sobre o assunto.
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