domingo, 28 de abril de 2013

Cais José Estelita fica cheio em domingo de protesto no Recife


'Ocupe+1' celebrou 1º ano de criação da comunidade Direitos Urbanos.
Houve exposições, oficinas, shows e apresentações culturais.

Do G1 PE

Atividades ao ar livre no Cais José Estelita (Foto: Luna Markman/G1)Atividades ao ar livre no Cais José Estelita (Foto: Luna Markman/G1)
Muita gente foi ao Cais José Estelita, no bairro de São José, área central do Recife, neste domingo (28), para participar do Ocupe+1, movimento em celebração ao primeiro ano de criação do Direitos Urbanos (DU), grupo que reúne nas redes sociais pessoas interessadas em debater o planejamento da cidade. Outros grupos ativistas também estiveram na ação, que conta, na programação, com exposições, oficinas, shows e apresentações culturais.
O Direitos Urbanos entrou em atividade para questionar e contratpor as propostas do Novo Recife, projeto de um consórcio privado que prevê a construção de 13 torres de até 40 pavimentos no Cais José Estelita, uma área histórica abandonada da capital pernambucana. Mesmo sob protestos, o projeto foi aprovado, segundo o DU, sem a realização do Estudo de Impacto de Vizinhança e de Impacto Ambiental.
"Mas essa é a aprovação apenas projeto inicial de arquitetura, ele ainda vai passar pelo licenciamento e outras etapas. E eu sinto que o governo municipal está um pouco mais aberto a discussão por conta da nossa mobilização, tanto é que, diferente da posição tomada no início do ano, a prefeitura diz agora que vai estudar o Novo Recife", lembrou o professor de filosofia Leonardo Cisneiros, membro do DU.
Leonardo destaca, por exemplo, o engavetamento neste semestre da construção dos viadutos na Avenida Agamenon Magalhães, projeto que também foi alvo de críticas por parte do DU. "[A luta contra] o Novo Recife realmente é o nosso símbolo, mas queremos ampliar a discussão sobre os rumos da cidade, a queremos mais inclusiva, participativa. Uma das nossas vitórias nesse primeiro ano foi aumentar a participação da população nesses debates e mostrar para a prefeitura que é preciso diálogo", falou.
Rachel Ellis levou o filho Calum, 5 anos, ao Cais (Foto: Luna Markman/G1)Rachel Ellis levou o filho Calum, 5 anos, ao Cais
(Foto: Luna Markman/G1)
Acreditando nessa proposta, o casal Dida Maia e Fernanda Ferrário foi ao Ocupe+1. "Recife, por exemplo, carece de espaços públicos onde as pessoas possam circular livremente, por isso, achamos importante sair da esfera virtual e nos reunirmos na rua para dialogarmos sobre a cidade que a gente quer", falou Dida. A produtora inglesa Rachel Ellis levou o filho Calum, 5 anos, ao Cais. Enquanto o menino divertia-se no cultivo de uma horta, a mãe comentou sobre a importância do evento. "Acho muito massa quando posso levá-lo a espaços abertos, onde haja interação com pessoas diferentes, é saudável isso e, mesmo inconscientemente, ele já está aderindo essas ideias na formação dele", comentou.
A iniciatva Eu quero nadar no Capibaribe (EQNC) transferiu sua área de atuação, os jardins do Museu Murillo La Greca, para o Cais José Estelita, que margeia o Rio Capibaribe. O EQNC surgiu um 2007 com a proposta de registrar cidadãos exemplos de atitudes sustentáveis e, desde 2011, todo último domingo do mês, ocorre o Praia do La Greca para chamar atenção da população sobre o assunto. "Viemos porque os interesses são comuns, queremos engrossar o caldo, mostrando que precisamos participar mais ativamente nas decisões da cidade, não só apontando o dedo para o governo, mas também em nossas próprias atitude", disse a radialista Tila Shitunda, membro do EQNC.

Um comentário:

  1. VAMOS CONTINUAR A LUTA ! QUEREMOS UM PARQUE LINDO ALI, E AUMENTO DA VIA PARA MELHORAR O TRÂNSITO ! CIDADE QUE SE PREZA TEM UM GRANDE PARQUE ! POR EX. LONDRES, NOVA YORK, ATÉ SÃO PAULO ENTRE MUITAS OUTRAS ! ISSO SIM É QUALIDADE DE VIDA ! ACHO QUE APROVEITARAM O MOVIMENTO DO CAIÇARA ONTEM PARA DESTELHAR QUASE TODO O ARMAZÉM ! QUE CRIME !!

    ResponderExcluir