domingo, 31 de março de 2013

Coreia do Norte promete ampliar seu arsenal atômico e recusa negociação

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Após reunião do ditador Kim Joung-un com o órgão máximo na hierarquia política do regime, Pyongyang afirma que suas bombas nucleares representam 'a vida nacional' e não serão trocadas 'nem por bilhões de dólares'


Reuters
SEUL - Em mais um passo na escalada de tensão na Península Coreana, a ditadura de Kim Jong-un prometeu neste domingo, 31, ampliar sua capacidade nuclear e indicou que recusará qualquer diálogo com as grandes potências sobre seu programa atômico. Segundo uma nota publicada ao final de uma reunião do órgão máximo do regime de Pyongyang, armas nucleares representam “a vida nacional” e “não serão trocada nem por bilhões de dólares”.
Kim presidiu um encontro do comitê central do Partido dos Trabalhadores sobre a crise regional. Os debates da entidade - a mais alta na hierarquia política do regime - haviam sido convocados para discutir “uma nova linha estratégica” à Coreia do Norte. Segundo a imprensa estatal, o comitê central concluiu que o novo governo deve investir mais na ampliação de seu poder nuclear - chamado de “o tesouro” do país - e no desenvolvimento econômico.
As declarações da Coreia do Norte são mais uma demonstração de força diante da pressão de Seul, Washington e da comunidade internacional. A nova escalada veio após os norte-coreanos realizarem um teste nuclear subterrâneo, em fevereiro, levando o Conselho de Segurança das Nações Unidas a impor sanções adicionais contra Pyongyang, no mês seguinte. A China, principal aliada da ditadura de Kim, apoiou as medidas da ONU, ampliando ainda mais o isolamento do regime de Pyongyang.
Na semana passada, americanos e sul-coreanos realizaram manobras militares conjuntas, as quais Pyongyang respondeu com o rompimento de todos os canais de comunicação, incluindo os usados para controle de fronteira. Na quinta-feira, Washington sobrevoou a Península Coreana com dois bombardeiros ultramodernos B-2, com tecnologia que os torna invisíveis a radares. Logo depois, a ditadura de Kim colocou em alerta seus mísseis apontados a alvos sul-coreanos e americanos, e decretou que toda a região estava “em estado de guerra”.

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