Patrícia França A TARDE
A TARDE apurou que o assunto já vem sendo amadurecido entre os dois há algum tempo. Se Wagner, que cumpre o seu segundo mandato, aceitar o convite, terá de permanecer no governo até dezembro de 2014 e desistir de disputar vaga na Câmara dos Deputados, hipótese que vem sendo considerada por ele próprio.
"O próxima ano é de definição no plano nacional" disse um secretário de estado, que esteve com o governador durante o recesso de Natal. O movimento da presidente Dilma para definir logo o staff de colaboradores da sua campanha é aproveitar um quadro político-eleitoral que ela considera favorável ao PT e à aliança governista.
No Planalto, a crença é de que o PT tem todas as condições de eleger o futuro governador de São Paulo. No Rio de Janeiro, o segundo colégio eleitoral, tanto a prefeitura como o Estado são governados pelos aliados do PMDB, Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Dilma já sinalizou que num segundo governo a vice-presidência permanecerá com Michel Temer (SP).
A reeleição de Jaques Wagner na Bahia, maior Estado do Nordeste e que deu na eleição da presidente Dilma Rousseff mais de 2 milhões de votos de frente sobre José Serra (PSDB), coloca o petista com credenciais para "trabalhar" o nome de Dilma no Nordeste, relatou a fonte do governo.
A conversa de Dilma com Wagner deve ter uma segunda rodada, nesta terça, 1º. É que Wagner, que já foi citado pelo ex-presidente Lula da Silva como um nome com condições de suceder Dilma Rousseff, também terá de tomar decisões rápidas no campo doméstico, caso aceite a missão .Wagner terá de definir, ainda no primeiro semestre, quem vai ser o seu sucessor. Os cotados no PT baiano são o secretário da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Walter Pinheiro (PT-BA). O ex-presidente da Petrobras e secretário do Planejamento, Sérgio Gabrielli, não tem a simpatia de Dilma Rousseff.
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