Substituição de carros históricos por trens chineses deve ocorrer neste mês.
Político gerou polêmica ao dizer que madeira pode ser usada em churrasco.
Passageiros em um dos vagões históricos do metrô de Buenos Aires (Foto: Alejandro Pagni/AFP Photo)
No fim de 2012, a prefeitura de Buenos Aires causou polêmica ao
anunciar o plano de substituir, em janeiro de 2013, cerca de 90 vagões
históricos da linha “A”, a primeira linha de metrô do hemisfério sul.Esses vagões foram construídos em Bruges, na Bélgica, entre 1911 e 1919 e estão entre os mais antigos que ainda prestam serviço diário no mundo.
Visão interna de um dos vagões da linha A, que podem ser substituídos (Foto: Alejandro Pagni/AFP Photo)
A ideia é substituir parte deles por trens chineses zero quilômetro e a
outra parte por trens usados que operavam em outra linha. A prefeitura
afirma que a troca vai melhorar a qualidade e a segurança do serviço.
Protesto de uma ONG contra a troca dos trens
(Foto: Alejandro Pagni/AFP Photo)
Mas a medida irritou aqueles que defendem a preservação dos vagões. "A
única linha do mundo em serviço com vagões de cem anos deve seguir
funcionando", disse à France Presse Santiago Pusso, vice-presidente da
“Basta de Demolir”, uma ONG que defende o patrimônio, em uma coletiva de
imprensa na entrada do metrô.(Foto: Alejandro Pagni/AFP Photo)
Pusso afirmou que a ONG vai apresentar um recurso judicial contra a medida.
No fim do último mês, o chefe de gabinete do prefeito, Horacio Rodríguez Larreta, colocou lenha na fogueira ao afirmar, em declarações no rádio no fim do último mês de dezembro, que a madeira dos carros poderia servir para “fazer um churrasco”.
Segundo jornais argentinos, a circulação da linha A será suspensa por cerca de dois meses a partir da primeira quinzena de janeiro, para que seja realizada a substituição dos vagões.
Guarda espera por passageiros em um dos vagões, cobertos de grafite (Foto: Alejandro Pagni/AFP Photo)
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