quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

MPF pede prisão de prefeita por demissão de servidores na Bahia


Ordem judicial determinava a recontratação dos servidores.
Servidores em serviço pararam atividades por pagamento de salário.

Do G1 BA, com informações da TV Oeste

O Ministério Público Federal (MPF), através do procurador da república José Ricardo Teixeira Alves, pediu a prisão da prefeita de Barreiras, cidade na região oeste da Bahia, Jusmari Oliveira. Ela descumpriu a ordem judicial que obrigava a prefeita a recontratar os servidores da Secretaria da Saúde demitidos logo após a eleição.
Os servidores que não foram demitidos estão em greve há dez dias porque estão com os salários atrasados. Na quarta-feira (5), eles fizeram um protesto, enquanto os postos de saúde ficaram vazios por falta de condições de atendimento à população.

Uma auxiliar de laboratório afirma que não consta no extrato o depósito do salário e que já está com a mensalidade do colégio do filho atrasada. "Indignação total, é escola de filho, eu tenho luz, água para pagar, lojas atrasadas, sendo chamada de caloteira", declara Rosimary Santos.
Os servidores também reclamam da situação de trabalho. Em um posto de saúde do bairro Vila Rica é possível ver mato por toda parte, além de lixo hospitalar, que, segundo os funcionários, não é recolhido há dois meses. Dentro do posto o balcão da recepção está danificado por causa dos cupins e os medicamentos não são entregues há dois meses. Na sala de vacina, a válvula do banheiro que fica ao lado esta exposta e há sinais de infiltração, o que pode provocar a contaminação do ambiente.

O posto recebe em média 40 pessoas por dia. São oferecidos serviços de pré-natal, planejamento familiar, vacinas, curativos e acompanhamento de hipertenso. Com a greve, as atividades também foram paralisadas.
Segundo a prefeitura de Barreiras, os salários dos meses de setembro e outubro já foram pagos, faltando o salário de novembro e a primeira parcela do 13º dos servidores. A prefeitura alega ainda que os funcionários demitidos já foram recontratados. Até a manhã desta quarta-feira, o pedido do MPF para a prisão da prefeita ainda não tinha sido avaliado por um juiz.

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