Caso acontece em Itapejara D'Oeste, no sudoeste do estado.
Laudos apontam possibilidade de haver petróleo na região.
A desconfiança surgiu quando muitos animais do sítio começaram a morrer. Segundo o dono do local, o agricultor Ervino Maciel, a terra e a água do lugar sempre tiveram uma coloração diferente, mas as mortes fizeram com que crescesse a ideia de que havia algo errado. “Inclusive mandei até fazer uma análise mas na prefeitura acharam que era bobagem minha”, lembra.
Em alguns lugares do sítio, o barro preto forma pedras azuladas. Já em outros pontos, próximos do açude, a textura muda e a terra fica mais grudenta, com aparência escura.
Na água, uma espécie de óleo aumenta a desconfiança da família e dos vizinhos. “Começou a prejudicar a criação. As vacas começaram a não segurar a produção. Os terneiros não nasciam, morriam todos, até depois de grande. E a gente sentia coisas no corpo que não estava percebendo. E estava sendo da água”, conta Ervino.
Segundo a filha dele, Neusa Maciel, já foram feitos diversos exames na água, mas nada comprovou a existência de doenças que pudessem matar os animais.
Possibilidade real
Uma análise feita pela Mineração do Paraná (Mineropar) chegou à conclusão de que o solo da propriedade de Ervino possui, a mil metros de profundidade, rochas semelhantes às encontradas em áreas petrolíferas. Laudos de outra empresa de mineração, encomendados pela família, apontam que há resíduos de hidrocarbonetos de petróleo na região.
Os documentos foram encaminhados à Agência Nacional do Petróleo para análise. Enquanto a solução não chega, a família revela que já vendeu todas as outras vacas que sobreviveram. Já a água para o consumo tem sido recolhida em poços dos vizinhos.
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