Família de Santa Teresa é pioneira na produção de espumantes, no ES

Com a proximidade do Ano Novo, produção está a todo vapor.
Garrafas são comercializadas a valores que variam de R$13 a R$20.

Camila Domingues Do G1 ES

O produtor Sérgio Sperandio espera uma maior
produção no próximo ano
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Marca dos brindes de Réveillon, os espumantes ganham cada vez mais espaço nessa época do ano. Para acompanhar o gosto dos capixabas, a família Sperandio, de Santa Teresa, na região Serrana do estado, é pioneira na produção da bebida, a base de uva e jabuticaba. A ideia começou por acaso, mas gerou um negócio que já dura seis anos. As garrafas de espumantes artesanais são comercializadas a valores que variam de R$13 a R$20.
A família trabalha em uma propriedade tem cinco hectares, sendo um todo destinado ao cultivo de uvas. Segundo o dono da vinícola e também produtor, Sérgio Sperandio, a produção da bebida começou a partir de um erro de fermentação do vinho branco, no ano de 2005. O produtor disse que a ideia inicial era produzir bebidas para os amigos.

De acordo com a família, quando a produção do espumante está no auge, atinge 25 toneladas. Com chegada das festividades de Ano Novo, tudo está a pleno vapor. “Recebemos turistas e capixabas de todos os lugares, além das demandas das festas e eventos. A gente passa um pouco de aperto por que trabalhamos só com a família, mas damos conta", disse o dono da propriedade.

Sérgio também explicou  que todo o processo de preparação demora cerca de 150 dias. "Um dos processos é a remoagem, onde as garrafas ficam de ponta para baixo e nós as giramos todos os dias, sempre no mesmo sentido. Em seguida, elas são passadas para um congelamento de bico", contou.

O filho do produtor, Pablo Sperandio, é responsável por esse resfriamento. “A parte sólida fica no bico da garrafa e o vinho limpo fica em baixo. As garrafas então passam por uma máquina com uma temperatura de -15 ºC”, disse o jovem, que também está se formando como técnico químico para ajudar a produção da família.

Apesar do crescimento da demanda com o passar dos anos, Sérgio Sperandio disse que planeja reduzir a capacidade das vinícolas. A intenção é produzir menos para dar mais atenção às vinícolas e aumentar a qualidade da uva. “A ideia é baixar a produção para 15 toneladas. Dessa forma a gente conduz de maneira mais adequada, para termos um vinho de melhor qualidade”, destacouo produtor.
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Pai, esposa e filho se orgulham da produção, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Turistas e pessoas de todo o estado visitam a propriedade da família, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)