Doutora afirma que não há carência de medicamentos para tratamento.
Cerca de cinco mil pessoas fazem tratamento de AIDS no estado.
Tratamento ao HIV é considerado eficiente no AM
(Foto: CDC/BBC)
O tratamento da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou HIV)
está ficando cada vez mais eficiente e potente, segundo a médica Silvana
Lima, coordenadora estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), AIDS e hepatites virais do Amazonas. De acordo com a
especialista, não existe carência de remédios no Estado e, futuramente,
os danos poderão ser tratados com apenas um comprimido.(Foto: CDC/BBC)
Segundo a médica, há 30 anos, uma pessoa infectada precisava tomar, em média, 12 remédios diferentes por dia, que não controlavam os efeitos da doença com muita eficiência e tinham uma série de efeitos colaterais. Este ano, de acordo com ela, já é possível tratar um paciente com apenas três comprimidos diários, tendo mais qualidade no tratamento, maior potência e menos efeitos colaterais.
“Hoje em dia um paciente só morre de AIDS se quiser. O esquema de medicamento consegue controlar e reduzir ao máximo a multiplicação do vírus no organismo, melhorando a imunidade e o paciente passa a viver mais e viver melhor”, afirmou.
A coordenadora disse ainda que existem mais de 20 tipos de remédios que podem ser usados no tratamento para o vírus, como Zidovudina (AZT), Didanosina (DDI) e Lamividina (3TC), todos eles são encontrados no estado e são fornecidos diretamente pelo Ministério da Saúde. "A distribuição no Brasil inteiro é igual, é muito difícil ter carência desse tipo de medicação", afirmou.
De acordo com a especialista, atualmente, cinco mil pessoas fazem o tratamento da doença no Amazonas. “A maior concentração dos casos está nas pessoas com idades entre 20 e 45 anos. Não existe um tratamento específico, existem esquemas de remédios próprios para cada caso. Cada paciente é um tratamento”, explicou.
Futuro
Em entrevista ao G1, a médica informou que um novo remédio foi aprovado nos Estados Unidos este ano, a Stribild, da empresa Gilead Sciences. A pílula reúne quatro remédios capazes de combater o vírus da AIDS.
“Acredito que em dois anos esse remédio poderá ser comercializado no Brasil e vai deixar bem mais cômodo o tratamento contra a doença”, finalizou.
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