segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bombeiros dão dicas de segurança para queima de fogos no réveillon


Fazer a compra de artefatos em lojas certificadas é uma dica importante.
Comerciantes comemoram vendas nessa época do ano.

Luana Laboissiere Do G1 PA

Corpo de Bombeiros (Foto: Ary Souza/ O Liberal)Corpo de Bombeiros em apreensão de fogos de artifício irregulares em Belém, em 2011. Agentes destacam ações de segurança para prevenir acidentes com os fogos. (Foto: Ary Souza/ O Liberal)
Para se despedir de 2012 em meio a espetáculo de luzes e cores no céu, a capitã Mônica Veloso, do Corpo de Bombeiros, orienta os paraenses sobre como comemorar o réveillon com segurança, seja em ambiente doméstico ou em eventos abertos.
“Em grandes festas, normalmente a queima de fogos é programada para acontecer em balsas, ou a uma distância segura do público que vai assistir a espetáculos pirotécnicos, para evitar acidentes. Mas para quem vê a shows pela primeira vez, a curiosidade em chegar próximo pode levar a riscos”, explica.

Queimaduras e amputações de membros estão entre as ocorrências de acidentes mais comuns nessa época do ano. Nesses casos, a orientação é procurar atendimento médico com urgência, molhar a área afetada com água corrente e em situações mais graves, seguir para hospitais especializados, como o Hospital Metropolitano, em Ananindeua.

A capitã explica que a maior parte dessas ocorrências acontece em festejos dentro de casa, quando a manipulação de explosivos se dá de forma inadequada. “A maior parte das pessoas que compra esse material sequer lê a embalagem, as instruções de uso. Muitos ainda soltam foguetes sob efeito de bebidas alcoólicas ou deixam que crianças e adolescentes manipulem esses artefatos”, observa.

Para se divertir com tranquilidade, vale checar alguns itens, como o lacre de segurança, que não pode estar rompido, e no momento da soltura dos explosivos, manter o artefato em posição vertical, além de se manter à distância.

Outro detalhe importante para o qual a capitã Mônica chama a atenção é o local de compra, que deve ser certificados e ter recebido vistoria recente do Corpo de Bombeiros. “Algumas pessoas fazem compras em locais clandestinos ou com ambulantes para pagar um preço mais baixo. Mas esse é um barato que sai caro, pois é sempre importante lembrar que o material é explosivo e oferece perigo.”, finaliza.

No estabelecimento do comerciante Bruno Fonseca, há 30 anos no mercado de fogos de artifício na capital paraense, o horário foi adaptado para receber os clientes que deixam para fazer suas compras pouco antes da contagem regressiva. “Desde a sexta-feira (28) nossa loja está abrindo de 8h às 22h. No sábado e domingo também foi grande o movimento”.

Entre os produtos mais vendidos estão os chamados “fogos de vista”, “pistolas” e os “kits prontos”, com 25 a 128 tubos que promovem espetáculos pirotécnicos de até 5 minutos, com cores e formatos diversos. A encomenda de morteiros também é grande para o mês de dezembro, quando estes são usados em eventos de grandes proporções.

Mais popular, a “pistola”, vendida em caixas com 12 unidades, pode ser encontrada a R$ 10,99. Já os chamados “kits prontos”, com até 128 tubos de explosivos, podem custar até R$ 1.399,00.
Segundo o comerciante, as vendas do ano passado foram  boas, embora ele não revele o rendimento. A expectativa se mantém nos minutos finais de 2012: “Para o réveillon deste ano, encomendamos 90 toneladas de fogos e reforçamos a equipe para dar conta das vendas. Esperemos que dê tempo para vender tudo.”

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