quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pesquisadores encontram espécie rara de macaco no Amazonas


20 macacos-de-cheiro foram capturados para pesquisa científica.
Estudo vai permitir técnicas que contribuam para conservação da espécie.

Do G1 AM

Macaco-de-Cheiro capturado na Amazônia (Foto: Michele Araújo - Instituto Mamirauá)Macaco-de-Cheiro capturado na Amazônia
(Foto: Michele Araújo - Instituto Mamirauá)
Pela primeira vez, 20 macacos-de-cheiro foram capturados na Amazônia. O fato aconteceu na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada no Médio Solimões, interior do Amazonas e foi realizada por pesquisadores do Instituto Mamirauá e da Universidade Federal do Pará. As informações coletadas e analisadas a partir do estudo dos macados servirão como base para pesquisas sobre a reprodução da espécie. Segundo os cientistas, a partir destes dados, será possível a criação de técnicas que permitam a conservação da espécie.
Material genético dos macacos foram coletados no Amazonas (Foto: Fernanda Paim - Instituto Mamirauá)Células reprodutivas dos macacos foram coletadas
(Foto: Fernanda Paim - Instituto Mamirauá)
Entre as espécies de macaco-de-cheiro capturadas está a Saimiri vanzolinii, a qual apresenta menor distribuição entre os primatas neotropicais, com apenas 870 km². Segundo o diretor geral do Instituto Mamirauá, Helder Queiroz, durante as pesquisas, serão coletadas células reprodutivas do animal. O projeto também prevê o estudo de alternativas para realização da fertilização in-vitro (fecundação de óvulos por espermatozoides em laboratório) e a transferência de embrião para mães de aluguel".
20 Macacos-de-cheiros foram encontrados por pesquisadores (Foto: Projeto Saimiri - Instituto Mamirauá) Macacos encontrados por pesquisadores no AM
(Foto: Projeto Saimiri - Instituto Mamirauá)
Durante três meses antes da captura, iscas foram usadas para atrair os animais para as estações de captura que continham as armadilhas. "O uso de armadilhas fotográficas permitiu o acompanhamento de quais animais estavam sendo atraídos pelas iscas, bem como a identificação das estações de captura mais utilizadas pelos primatas", afirmou o biólogo Rafael Rabelo, bolsista do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto Mamirauá.
O Instituto Mamirauá informou que os animais capturados foram anestesiados para a coleta de material genético e biometria. Os 20 macacos-de-cheiro foram soltos assim que se recuperaram de forma plena dos procedimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário