'Não teve uma chance', declarou sobrinha de Sofia Grobman.
Hospital São Lucas, em Copacabana, apura caso internamente.
A família da idosa diz que Sofia foi medicada com remédio para dor de cabeça, fez uma tomografia e à tarde, a médica que fazia o atendimento a mandou para casa, com a orientação para que a paciente procurasse um psiquiatra.
Segundo a sobrinha Margareth Franco, que também é médica, Sofia nunca teve problemas psiquiátricos. Ela conta ainda que a tia implorou à médica para ser internada, dizendo que estava passando mal. Duas horas depois de ter alta, já em casa, Sofia desmaiou. Levada novamente ao hospital, ela fez outra tomografia, que constatou o acidente vascular cerebral. Os parentes dizem que hospital ainda tentou transferi-la, depois de alegar que não tinha vagas.
"O absurdo é que meu tio, ela e a secretária pediam para ela ficar internada, falavam:'doutor, tá grave, ela está passando mal, deixa ela ficar'. A minha finalidade é gritar, eu preciso gritar. Porque uma pessoa foi para o hospital e não teve uma chance. Não teve uma chance. Eu acho que tem que ter uma explicação pra isso", desabafou.
Ainda de acordo com Margareth, a família teve que brigar para que a paciente ficasse no São Lucas, contudo, na madrugada de quarta-feira, foi dado o diagnóstico de morte cerebral. Sofia será enterrada nesta sexta-feira (2), no Cemitério do Caju.
A assessoria do Hospital São Lucas informou que o caso será apurado internamente. De acordo com a assessoria, na tomografia feita no crânio de Sofia no primeiro momento, quando ela deu entrada na unidade, não havia qualquer sinal conclusivo de AVC ou sangramento no cérebro.
O hospital informou ainda, que os procedimentos adotados pela médica foram os indicados para os sintomas apresentados pela paciente naquele momento.
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